A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) classificou como “ataque à democracia” , Arthur Lira (PP-AL), durante um ato contra o Projeto de Lei (PL) , que equipara o aborto realizado acima de 22 semanas de gestação ao homicídio simples, que ocorreu na cidade de São Paulo, no domingo 23.
“Ataque à democracia”,. “Abortistas queimam imagem do presidente Lira.” Durante a manifestação, militantes pediram ainda a deposição do deputado alagoano. compartilhou o vídeo que mostra o momento em que o boneco está queimando.
O último fim de semana foi o segundo consecutivo do ato “criança não é mãe”, que critica a proposta que teve a urgência aprovada, em votação relâmpago, pela Câmara há duas semanas. O PL do Aborto foi alvo de críticas, pois aumenta para 20 anos a pena máxima para quem realizar o procedimento depois das 22 semanas de gestação — incluindo os casos de estupro.
Com o PL do Aborto em vigor, caso uma mulher adulta que foi vítima de estupro faça um aborto depois da 22ª semana, ela pode ser condenada a 20 anos de detenção, enquanto o abusador pode ficar com pena entre seis e dez anos de prisão. Por esse motivo, a proposta estava sendo chamada de “PL do Estupro”. Depois da repercussão negativa, o autor do PL do Aborto
Nas manifestações, os militantes pediram a descriminalização e a legalização do aborto, além do arquivamento do projeto. Como mostrou , Lira anunciou na semana passada sobre o PL do Aborto para depois de agosto em uma “comissão representativa”. Apesar disso, a Bancada Evangélica acredita que o mérito do texto será votado ainda este ano.
De autoria do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), o PL do Aborto aumenta para 20 anos a pena máxima para quem realizar o procedimento. A matéria fixa em 22 semanas de gestação como prazo máximo para abortos legais.
Conforme a matéria, se a mulher provocar o aborto em si mesma ou permitir que um terceiro faça o procedimento, a pena passa de um a três anos de prisão para de seis a 20 anos. A pena para quem realizar o procedimento com ou sem consentimento passa a ser de seis a 20 anos.
Atualmente, a lei permite o aborto nos casos de estupro; de risco de vida à mulher e de anencefalia fetal (quando não há formação do cérebro do feto). Na prática, a mulher não vai presa, mas responde pelo crime.
Conforme o PL do Aborto, só poderá realizar o procedimento mulheres com gestação até 22ª semana, mesmo que em casos de estupro. Depois desse período, o procedimento vai se tornar crime, o que não ocorre hoje. Atualmente, não há no Código Penal um prazo máximo para o aborto legal.
Fonte: revistaoeste