A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) acionou o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra o humorista Bruno Lambert. De acordo com a parlamentar, o comediante violou o Estatuto da Pessoa com Deficiência.
Em um show de stand-up, Lambert contou uma história em que teria tido relações sexuais com uma deficiente. “Você já comeu uma cadeirante?”, perguntou o humorista, em direção à plateia. “Eu também não. Sabe por quê? Porque não dá. Coloquei ela de quatro, ela murchava. Aí, você tinha de pegar ela aqui, abaixa… Parece CrossFit, entendeu?”
Tabata afirmou ao MP-SP que Lambert é “capacitista” — termo que se refere àqueles que discriminam deficientes. Além disso, segundo a deputada, as declarações do humorista denotam “machismo latente”.
“Trata-se evidentemente de discriminação e tratamento degradante para com as pessoas com deficiência”, alegou a deputada. “Basta fazer o seguinte questionamento: caso a mulher da ‘piada’ não possuísse deficiência motora, haveria graça no ‘humor’ proferido pelo ‘comediante’? É um conteúdo discriminatório.”
Depois que o assunto repercutiu, o humorista se tornou alvo de críticas nas redes sociais. Mesmo assim, decidiu não remover o conteúdo do Instagram. “Tá tudo certo por aqui, fiquem à vontade para me ofender”, afirmou. “A piada sempre é engraçada quando não se trata de você ou de algo em você. Hipocrisia é algo que também deveria ser pensada antes de apontar o dedo. Abraços.”
Oeste procurou Lambert, mas não obteve retorno.