O ex-presidente Jair Bolsonaro informou ao delegado Fábio Alvarez Shor nesta segunda-feira, 19, que se manterá em silêncio até que sua defesa tenha acesso à íntegra das apurações contra ele, segundo o portal Metrópoles.
O posicionamento de Bolsonaro ocorreu em função da intimação recebida por ele para prestar depoimento à Polícia Federal (PF) na próxima quinta-feira 22, dentro das investigações de supostas tentativas golpistas em seu governo.
“Dessa forma, em decorrência da falta de acesso a todos os elementos de prova, o peticionário opta, por enquanto, pelo uso do silêncio, não abdicando de prestar as devidas declarações assim que tiver conhecimento integral dos elementos”, declararam os advogados de Bolsonaro.
Como investigado, o ex-presidente não seria obrigado a falar aos investigadores e não teria tomado compromisso em dizer a verdade, como no caso de testemunhas, de acordo com o portal. Nesta condição, um investigado pode se calar para não correr o risco de produzir provas contra si.
Entre as ditas provas que os defensores de Bolsonaro citam já terem vindo a público, mas que a defesa ainda não acessou, incluem-se a delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e mensagens em aplicativos trocadas entre investigados.
Os advogados de Bolsonaro fizeram, nesta segunda-feira, um novo pedido de compartilhamento do material ao ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações no . O conteúdo, de acordo com o Metrópoles, tem a íntegra da delação de Cid e todas as mídias obtidas pela PF em aparelhos apreendidos.
Fonte: revistaoeste