Um dia depois de se comparar com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que desistiu de concorrer à reeleição, o apresentador José Luiz Datena (PSDB) disse que não vai desistir da corrida pela Prefeitura de São Paulo.
“Eu não vou desistir de coisa nenhuma”, afirmou Datena em entrevista ao podcast Flow. “Eu vou até o fim… Eu sou pré-candidato.”
Além disso, o apresentador destacou que as desistências anteriores aconteceram por falta de apoio político.
“Na maioria dos casos, é a política que não me quer, não sou eu que não quero a política”, acrescentou. “Então eu disse: ‘Eu preciso de apoio do partido. E confio muito na palavra do Marconi Perillo [presidente do partido]’.”
Em ao jornal Folha de S.Paulo nesta semana, Datena reclamou de “tiros nas costas” dentro do partido e listou condições para seguir como pré-candidato, mas recebeu apoio público de Perillo, que garantiu que o partido não é formado por “sacanas ou golpistas”.
No podcast, o pré-candidato explicou que, sem o apoio do partido, não poderia ajudar a população, mas isso não significava uma desistência. “Se eu não tiver apoio do partido, é claro que eu não vou ter condição de ajudar o povo”, disse. “Foi isso que eu quis dizer, e não dizendo que eu ia desistir.”
Ao ser questionado se ia deixar a corrida eleitoral, respondeu: “Claro que não”. “Estou dando um exemplo do presidente dos EUA, que é o assunto mais comentado de hoje”, afirmou. “Eu não sou o Biden.”
Ainda a respeito da entrevista à Folha, Datena disse que não sabia que o conteúdo seria “tão editado”.
“O que eu quis dizer sobre o Biden, e sobre o Biden, porque não saiu o complemento do que eu quis dizer na entrevista, não coube, porque o formato da entrevista, não estou culpando a Folha, não”, destacou.
“O lance é o seguinte, o Biden teve a virtude de reconhecer que numa eleição o principal ator não é o partido, o principal ator não é o candidato, o principal ator é o povo”, completou.
Ainda no podcast, Datena criticou a polarização política e acusou seus adversários, Guilherme Boulos (PsolL) e Ricardo Nunes (MDB) de se apoiarem em padrinhos políticos.
Ele também mencionou que alguns adversários prefeririam que ele tivesse morrido durante sua internação por covid-19 em 2022 para não competir na eleição deste ano.
“Porque eu não estaria aqui para ganhar a eleição deles”, disse. “E alguns caras que estão loucos para eu desistir também não teriam esse problema. Eu já teria desistido in memoriam. Mas eu não morri e sou candidato.”
Fonte: revistaoeste