O apresentador e jornalista José Luiz Datena (PSDB) revelou ao podcast O Assunto, do portal g1, que pretende ser senador. Ele proferiu as declarações nesta terça-feira, 6, em entrevista à jornalista Natuza Nery.
“Não queria ser prefeito de São Paulo”, afirmou Datena. “Meu objetivo principal é ser senador. E ainda hoje o meu objetivo principal é ser senador. É o que sempre pensei. Queria começar como senador.”
Na entrevista, o jornalista disse que pretendia ser vice-prefeito na chapa de Tabata Amaral (PSB), mas acabou substituído. “Em nenhum momento traí a Tabata”, disse, ao alegar que a candidata teria negociado com o PSDB a saída do próprio apresentador da disputa. “Queria ser vice dela.”
Tabata Amaral, em entrevista ao mesmo podcast, disse ter se sentido traída por Datena por parte do PSDB. “Aprendi em Brasília que traições são comuns”, declarou a candidata.
Interpelado sobre sua decisão de concorrer à prefeitura depois de desistências anteriores, Datena mostrou irritação e garantiu que desta vez irá até o fim. “Estou dizendo que vou”, garantiu. “Eu iria, se houvesse apoio do partido. Sinto que há apoio de grande parte do partido. Essa é uma outra eleição. Vou, até para calar a boca dessas pessoas. Tenho uma missão de ajudar o povo.”
Datena também criticou a gestão do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB). O jornalista prometeu auditar contratos suspeitos da prefeitura, especialmente com as empresas de ônibus Transwolff e UPBus, que têm supostos vínculos com a facção criminosa PCC.
“Você tem sob ordem desse prefeito uma sombra enorme de que a maioria das licitações é conduzida de forma absolutamente criminosa”, disse o apresentador. “É criminosa essa forma de conduzir licitação aqui em São Paulo.”
Entre suas propostas, Datena se comprometeu a instalar câmeras nos agentes de fiscalização do município e da Guarda civil Metropolitana (GCM) e a armar mais a GCM. “Se o polícia usa câmera, por que que o fiscal não pode usar câmera de corpo? ‘Ah, os fiscais são todos corruptos?’ Não, mas aqueles que são vão ser pegos e levados à cadeia”, disse, ao citar um caso de um vendedor de cachorro-quente que teria sido forçado a pagar uma propina de R$ 10 mil.
Datena tem histórico de desistências eleitorais. Ele voltou atrás depois de ser pré-candidato à prefeitura pelo PP em 2016. Dois anos depois, desistiu de concorrer ao Senado pelo DEM. Em 2020, considerou ser vice de Bruno Covas à prefeitura, mas recuou para se preparar para 2022, sem sucesso. Em 2022, cogitou candidatar-se ao Senado com apoio de Jair Bolsonaro (PL) na chapa de tarcísio de freitas (Republicanos), mas desistiu depois do anúncio de apoio.
Fonte: revistaoeste
