A ministra dos Povos Indígenas do governo , Sonia Guajajara (Psol), aditiu que a crise na Terra Indígena Ianomâmi não será resolvida este ano. Sonia fez a declaração durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais do ministério.
“Para quem não conhece o território, é importante entender a complexidade da situação”, disse Guajajara. “E não pensar: ‘Passado um ano, não se deu conta’. Ou: ‘Ah, em um ano vai resolver’. Não resolvem e, possivelmente, não se resolverá em toda a sua dimensão em 2024.”
A oposição tem pressionado o governo Lula e o por uma resolução na crise entre os ianomâmis.
“Devido à toda a complexidade, as ações realizadas até agora não foram suficientes para restabelecer tudo o que precisa”, disse Sonia Guajajara. “Esse tempo de um ano é para medir e avaliar. Assim como foram décadas de invasão para chegar a este ponto, podem levar décadas para restabelecer tudo.”
O secretário de Saúde Indígena (Sesai), Ricardo Weibe Tapeba, disse que a terra indígena protegida tem cerca de 10 milhões de hectares e uma população de 30 mil indígenas, divididos entre 380 comunidades, segundo o portal Metrópoles.
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“Nós conseguimos provas robustas de que a invasão garimpeira acabou gerando, além dos problemas da malária, a contaminação das águas com mercúrio”, disse Tabepa. “E isso gera desagregação, altera os modos de vida da comunidade, reduz significativamente a capacidade produtiva do povo Ianomâmi, gerando inclusive a desnutrição grave.”
Sonia Guajajara disse que para solucionar a , é preciso primeiro tirar os garimpeiros do território da terra indígena. “Em 2023, foram retirados 80% dos garimpeiros que estavam lá dentro do território”, disse Guajajara.
Fonte: revistaoeste