Márcio Santilli, representante da ONG Instituto Socioambiental, fundada pelo secretário-executivo João Paulo Capobianco, do ministério de Marina Silva, presta depoimento, nesta quarta-feira, 22, na Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga o terceiro setor.
Espera-se que Santilli resposta a perguntas, sobre suposta exploração de indígenas, apoio ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística para a elaboração do Censo 2022, que registrou aumento de quase 90% no número de indígenas em 12 anos, e uso irregular de recursos públicos do Fundo Amazônia.
Além disso, Santilli terá de explicar as denúncias de indígenas da etnia tucanos, de Pari-Cachoeira, em São Gabriel da Cachoeira (AM), segundo as quais o ISA comprou produtos de tribos locais, por pouco dinheiro, a exemplo da pimenta dos Baniwa, para revender a altos preços no exterior.
O governo Lula mandou a senadora Eliziane Gama (PSD-AM), que não é integrante efetiva da CPI, para reforçar a trincheira em defesa de Santilli.
ONG fundada por secretário de Marina Silva é investigada por exploração
Conforme documentos da CPI obtidos por Oeste, o ISA tem adotado posições “conflitantes com os interesses do governo brasileiro” na Amazônia, desenvolvendo ações que configuram tentativas de “interferência externa”.
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) produziu relatórios sobre o envolvimento do ISA com grupos estrangeiros, a exemplo de US$ 20 milhões da fundação Gordon & Betty Moore, com a finalidade de apoiar a demarcação de terras indígenas no Rio Negro.
ISA venceu disputa para participar do governo
Em outubro, o ISA . A Conaveg é conhecida por delinear estratégias de enfrentamento do desmatamento e para recuperar a mata nativa de biomas, como a Amazônia e o Cerrado.
Leia também: “Fábrica nacional de indígenas”, reportagem publicada na Edição 191 da Revista Oeste
Fonte: revistaoeste