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Política

Conselho de Segurança da ONU toma decisão polêmica, classificada pelo Estadão como ‘vitória do terrorismo’

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Em publicado neste sábado, 18, o jornal O Estado de São Paulo classificou como uma “vitória do terrorismo” a aprovação de uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas () sobre a guerra entre Israel e Hamas. Apoiada pelo governo brasileiro, .

“O Hamas, que deveria ser alvo de reprovação mundial, sobretudo no âmbito da ONU, conseguiu não só desmoralizar Israel, como também o todo-poderoso Conselho de Segurança”, diz o editorial do jornal. “O terrorismo triunfou.”

Conforme o veículo, quando o conselho se pronunciou sobre a guerra Israel-Hamas, “foi pífio”. Segundo o Itamaraty, o Brasil participou “das articulações” no Conselho de Segurança. Essa foi a quinta tentativa do colegiado de aprovar uma resolução para a guerra, que chegou a seu 41º dia.

A proposta foi apresentada por Malta e recebeu 12 votos a favor, nenhum contra e três abstenções – Estados Unidos, Rússia e Reino Unido, que são integrantes permanentes do grupo.

Os norte-americanos justificaram sua abstenção devido ao texto não condenar os ataques terroristas do Hamas.

A resolução pede a “libertação imediata e incondicional de todos os reféns” mantidos pelo Hamas e “pausas e corredores humanitários urgentes e prolongados em toda a Faixa de Gaza por um número suficiente de dias”.

Ao aprovar a resolução, conforme o Estadão, a maioria dos integrantes do Conselho de Segurança concordou em “não responsabilizar o grupo terrorista Hamas por seu hediondo massacre em solo israelense no início de outubro”.

“Não há no texto uma única palavra de do ato de terror que motivou a reação militar de Israel na Faixa de Gaza”, destacou o jornal. “Ao poupar o agressor, a resolução não vale o papel que está escrita.”

A resolução exige que Israel e Hamas cumpram a proposição em relação ao direito e do direito internacional humanitário, em especial no que se refere a civis e crianças.

Segundo o editoral, a iniciativa do conselho emitiu sinais “contraditórios” sobre o direito de defesa, assegurado pela Carta das Nações Unidas a qualquer Estado nacional quando atacado.

“A aprovação de uma resolução imperativa sobre a crise humanitária, com clara condenação ao Hamas, teria imenso valor inclusive para a mitigação do sofrimento da população civil da Faixa de Gaza e a perspectiva de cessar-fogo”, concluiu o Estadão. “O texto possível, entretanto, não fez mais do que alertar o mundo de que o órgão criado depois da Segunda Guerra para ser a polícia do mundo pouco tem a contribuir.”

Israel critica e rejeita resolução do Conselho de Segurança da ONU

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Manifestantes pró-Israel protestam durante o conflito em curso entre Israel e o grupo islâmico palestino Hamas, perto de Downing Street, em , Grã-Bretanha, (09/10/2023) | Foto: REUTERS/Anna Gordon

O governo israelense criticou a resolução. Em comunicado, o do país afirmou que rejeita o texto, declarando que não há lugar para tais medidas neste momento, uma vez que os reféns ainda estão sendo mantidos em poder do Hamas.

O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, afirmou que a resolução é “desconectada da realidade”. Ele ressaltou que seu país continuará agindo conforme a lei internacional “enquanto os terroristas do Hamas nem sequer lerão a resolução, muito menos a cumprirão”.

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Fonte: revistaoeste

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