Brendan Carr, conselheiro da Comissão Federal de Comunicação dos Estados Unidos, chamou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (), de “autoritário” e afirmou que ele tentar dar um golpe mais amplo contra a liberdade de expressão.
Carr escreveu uma avaliação sobre a decisão de Moraes na última sexta-feira, 30, quando o ministro mandou suspender o Twitter/X em todo o Brasil.
“O texto de sua decisão de 51 páginas é muito mais preocupante e abrangente do que as manchetes sugerem”, escreveu Carr. “As próprias palavras de Alexandre de Moraes deixam claro que ele está tentando dar um golpe mais amplo contra a liberdade de expressão e a favor de controles autoritários.”
O conselheiro disse que Moraes nem tenta esconder sua opinião, claramente contrária às ideias conservadoras, na decisão. “Ele vai direto ao ponto e aponta o Brexit e a eleição do presidente Trump em 2016 como exemplos, em sua narrativa, dos tipos de resultados ‘populistas’ extremos que ele está tentando evitar ao impor um novo regime de censura no Brasil antes das eleições do país no final deste ano”, escreveu Carr.
Em seguida, ele lembra que “esse tipo de censura de natureza política e ideológica é expressamente proibido pela própria Constituição brasileira”.
“Em outras palavras, Alexandre Moraes está argumentando que a liberdade de expressão é uma ameaça à democracia — uma posição que é orwelliana quanto perigosa”, escreveu o conselho da Comissão Federal de Comunicação dos Estados Unidos, órgão semelhante à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no Brasil.
O conselheiro segue: “Para enfeitar sua decisão, Moraes usa o manual requentado de rotular discursos políticos que vão contra sua própria ortodoxia como ‘desinformação’ e ‘desinformação’. Mas autoritários como Moraes não estão preocupados que as pessoas sejam enganadas pelas mensagens políticas que escolhem ler. Ele está preocupado que essas mensagens sejam eficazes.”
A fala sugere um descontentamento com decisões recentes do ministro Alexandre Moraes contra o Twitter/X. O impacto dessa crítica sobre as relações entre o Brasil e órgãos estrangeiros ainda está sendo avaliado, enquanto a comunidade internacional observa de perto os desdobramentos.
As declarações do conselheiro podem afetar as relações diplomáticas entre o Brasil e os Estados Unidos, além de influenciar o posicionamento de outros países em relação ao governo brasileiro.
Fonte: revistaoeste