O ministro , do Supremo Tribunal Federal (STF), rebateu colegas ao votar contra a descriminalização da maconha para consumo próprio, nesta quarta-feira, 6.
Mendonça foi interrompido pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, que afirmou que, manter o delito, poderia prejudicar “jovens negros e pobres”, os quais flagrados como usuários, sem prisão, teriam dificuldades de conseguir emprego, pela ficha suja.
Antes que Mendonça pudesse terminar o raciocínio para responder a Barroso, Gilmar Mendes pediu a palavra para explicar que, ao transformar o crime num ilícito administrativo, o indivíduo flagrado com maconha só não estaria sujeito à sanção de prestação de serviços à comunidade, que tem caráter penal. No entanto, ainda seria advertido e passível de medida educativa.
“Se não mandar para a delegacia, vamos mandar para onde, ministro Gilmar?”, interpelou Mendonça, sem obter uma explicação clara.
Adiante, Mendonça reforçou que o STF estava descriminalizando a maconha, . O presidente do STF se manifestou em seguida. “A palavra produz um efeito”, disse Barroso. “Talvez, a questão seja menos semântica e mais de percepção. Quando falo descriminalização, parece que estamos dizendo aqui que não tem problema em usar drogas, e não é isso.”
Fonte: revistaoeste