“No primeiro momento, o esforço que a intervenção está fazendo é para encaixar o gasto da unidade de saúde municipal dentro do orçamento da Prefeitura de Cuiabá. Esse é o grande esforço. Todos conhecem o grande ditado: não há dinheiro que de quando se gasta mal”, disse.
Desta forma, o chefe do Executivo Estadual afirma que, enquanto houver “desperdício” de recursos públicos no município, não haverá novos investimentos por parte do governo do Estado.
“Então, não adianta vir aqui, no meio de desperdício, no meio de contratos que podem ser revisitados e diminuídos, de quadros que estão superdimensionados. Se nós não fizermos um enxugamento disso, o Estado não vai colocar dinheiro para continuar o desperdício”, completou.
Partindo disso, ele solicitou à equipe de intervenção, comandada pela servidora Daniella Carmona, que faça o enxugamento do setor durante o período interventivo.
“Existe um trabalho muito consistente. Nós vamos adequar o orçamento da Secretaria dentro do orçamento do município. Esse é o primeiro grande esforço que estamos exigindo da equipe de intervenção, pedindo que trabalhe para enxugar custos e despesas desnecessárias, que haja um enxugamento do quadro de pessoal”, enfatizou.
Segundo o governador, já foi identificado, inclusive, um número excessivo de profissionais em algumas unidades. “Vamos fazer uma reengenharia na Saúde de Cuiabá, vamos adequar o quadro de pessoal a exatamente aquilo que estabelece as portarias do Ministério da Saúde. Se tem gente a mais, com certeza, essas pessoas serão desligadas. Saúde não é lugar para cabide de emprego”, completou.
Por outro lado, recursos estaduais podem vir de outra forma, como a adesão do município ao programa MT Mais Cirurgias. “O Estado estará lançando, nos próximos dias, um programa estadual de cirurgias, como fizemos no ano passado, e a cidade de Cuiabá poderá aderir, assim como todos os demais municípios, e receber recursos para contratar cirurgias eletivas dentro de sua capacidade operativa”, explicou Mendes, que lembra que no ano passado a Capital fez a adesão, mas não prestou contas do recurso recebido.
“No ano passado, Cuiabá aderiu [a algo] em torno de R$ 15 milhões, recebeu R$ 5 milhões adiantado e prestou conta apenas de 20% desse valor. Ou seja, no programa do ano passado, Cuiabá terá que devolver recursos par ao Estado, porque recebeu R$ 5 milhões e comprovou somente uma parte disso”, colocou.
Por conta disso, enfatiza que não aplicará recursos. “Nós vamos trabalhar dentro do orçamento da Prefeitura, dentro do orçamento feito pela atual administração, que foi aprovado, que está na LOA, que prevê em torno de R$ 103 milhões de receita e despesas mensais na secretaria”, finalizou.
Fonte: leiagora
