Os vereadores Rodrigo Arruda e Sá (PSDB) e Wilson Kero Kero (PMB), demais membros da Comissão, seguiram o voto do relator e se posicionaram favoráveis a perda do mandato do parlamentar que está afastado do cargo por determinação judicial.
O documento será entregue a presidência da Casa de Leis, que o remeterá para a Procuradoria Geral para emissão de parecer sobre a legalidade e constitucionalidade. Após isso, elabora-se um projeto de resolução que será remetido ao crivo do plenário.
Paulo Henrique pode comparecer na sessão de votação para se defender. Nesta semana, o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, autorizou que o vereador afastado se defensa no âmbito do processo que tramita no Parlamento Municipal.
Paulo Henrique é réu pelos crimes de envolvimento com organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. O parlamentar é investigado por ligação com o Comando Vermelho e por liderar esquema usando de sua influência política.
O parlamentar foi um dos alvos das Operações Ragnatella e Pubblicare, deflagradas em junho e setembro pela Polícia Federal. As investigações apontam ele como líder de um braço da organização criminosa constituída para lavar dinheiro do tráfico de drogas por meio da realização de shows nacionais e eventos.
As investigações apontam que Paulo Henrique utilizava de sua influência na Secretaria de Ordem Pública (Sorp) para garantir a autorização das festas.
Na operação Ragnatela, Paulo Henrique foi alvo de busca e apreensão. Além dele, também estiveram na mira o ex-chefe do Cerimonial da Câmara de Vereadores de Cuiabá, Rodrigo Legal, DJ Everton Detona, os empresários Willian Gordão e Jardel Pires, promoters, influencer do ‘tigrinho’ Sthefany Xavier e outros.
Já na Operação Pubblicare foi decretada a prisão preventiva do parlamentar. Paulo Henrique chegou a ficar cinco dias presos, e foi solto graças a um habeas corpus. No entanto, foi afastado da função de vereador e ainda está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica.
Fonte: leiagora