Ter Botelho prefeito de Cuiabá seria importante para o PSD se estabelecer como nova força da política de Mato Grosso, com apoio do atual governo Federal, e serviria como alicerce para uma eventual candidatura do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), presidente regional da sigla, a governador em 2026.
Pesa a favor desse convite o fato de Botelho, que já falou publicamente sobre o desejo de ser candidato a prefeito de Cuiabá, ser apenas o quinto na fila de preferência de apoio do grupo do governador Mauro Mendes (União), força majoritária no União Brasil.
A decisão de permanecer ou sair do União deve ficar somente para depois do carnaval, quando for tratada internamente a reorganização da sigla. Antes, o grupo majoritário fazia parte do Democratas, partido organizado nos 141 municípios de Mato Grosso. Agora, como União Brasil, não há comissões provisórias municipais registradas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT).
Para permanecer na sigla, Botelho deve demandar o controle da sigla em Cuiabá. A família Campos também deve exigir o comando em várias regiões, pulverizando a administração da sigla, atualmente concentrada no grupo do governador Mauro Mendes.
Panela do governador
Para este grupo, o secretário de Saúde Gilberto Figueiredo, o deputado federal Fabio Garcia, o secretário de Fazenda Rogério Gallo, e o secretário-chefe da Casa Civil Mauro Carvalho, têm prioridade dentro do União Brasil para serem candidatos à Prefeitura de Cuiabá.
Além disso, a primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, também já declarou publicamente que não apoiaria Botelho em uma eventual candidatura. Nos corredores do Palácio Paiaguás, afirmam que a influência dela sobre a decisão do governador Mauro Mendes é muito grande e pesa contra o presidente da Assembleia Legislativa.
Fonte: leiagora