Desde março, a manutenção do mandato do deputado Chiquinho Brazão, preso sob acusação de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (Psol), gerou um custo de pelo menos R$ 1,1 milhão para a . O site Poder360 divulgou o levantamento neste sábado, 4.
Segundo o site da Câmara, a remuneração bruta paga ao deputado de abril a dezembro soma R$ 181,4 mil. Além disso, R$ 994,2 mil foram destinados aos salários dos funcionários do gabinete de Chiquinho Brazão.
Mesmo preso, o deputado recebeu um total líquido de R$ 95,7 mil durante esse período, o que inclui uma gratificação natalina de R$ 9,6 mil paga em junho. Os descontos em seu salário se referem a impostos, contribuição previdenciária e uma dedução mensal de cerca de R$ 27 mil por sua ausência nas sessões.
Apesar de sua prisão, o gabinete do deputado permanece operando com 23 funcionários ativos, o que gera um custo médio mensal de aproximadamente R$ 124 mil em salários. Os dados de dezembro ainda não foram divulgados.
Em julho, Chiquinho Brazão, em uma videoconferência com o Conselho de Ética, negou as acusações. “A vereadora era minha amiga, não teria qualquer motivo para assassiná-la, porque nós sempre fomos parceiros”, disse.
Em agosto, o Conselho de Ética recomendou a cassação do mandato do deputado, mas a decisão ainda está pendente de votação em plenário. Até então, ele continua a receber o salário e mantém a estrutura de seu gabinete.
Além dos custos diretos, o deputado tem direito a plano de saúde e moradia funcional, não incluídos no montante de R$ 1,1 milhão.
Fonte: revistaoeste