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Política

CGU afirma que cartão de Bolsonaro tem registro de vacina contra covid

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O cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contém o registro de uma dose da vacina Janssen, contra a covid, em 19 de junho de 2021, segundo confirmou o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho, em entrevista à CNN na sexta-feira 17.

A informação foi divulgada inicialmente pelo jornal O Estado de S. Paulo, que publicou um ofício da CGU ao Ministério da Saúde, em que o órgão de controle pergunta se Bolsonaro recebeu a dose da vacina. Indagado se a informação do ofício é verdadeira, Carvalho respondeu afirmativamente.

“Esse registro existe. Pelo menos pelo que a gente sabe das informações. Se isso está em um ofício da CGU, a CGU não faz uma pergunta à toa. Se esse registro está em um ofício da CGU, eu não tenho como negar”, declarou.

Com o ofício ao Ministério da Saúde, a CGU quer saber se a informação acerca da vacinação de Bolsonaro, que teria ocorrido no bairro de Perus, na cidade de São Paulo, é verdadeira ou se se trata de fraude. Bolsonaro afirmou que não tomou a vacina contra a covid.

Segundo o ministro, a investigação sobre a adulteração do registro de Bolsonaro teria sido instaurada em 30 de dezembro, depois de uma denúncia recebida no ano passado. “Se há anotações no cartão de vacina dele [Bolsonaro], do DataSUS, de que ele se vacinou e se houver uma inserção indevida de anotações sobre a vacina dele, seja no sentido de colocar informações de que ele se vacinou ou de retirar informações relativas à sua vacinação, nossa expectativa é que, com a apuração, a gente descubra se isso aconteceu”, afirmou Carvalho.

Ainda segundo a emissora, Bolsonaro teria dito a interlocutores que não se vacinou e que estaria disposto a fazer qualquer exame para comprovar que não tomou o imunizante. 

Desde a semana passada, a CGU vinha dando indícios de que baixaria o sigilo no cartão de vacinação de Bolsonaro e permitiria que o Ministério da Saúde divulgasse os dados a quem os solicitasse por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), mesmo com o entendimento pretérito de que dados relativos à vida privada são sigilosos. Agora, porém, recuou, e anunciou a investigação sobre a possível fraude.


Fonte: revistaoeste

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