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Política

Celso Amorim defende Lula: ‘Israel que deve se desculpar’, afirma ex-chanceler

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O assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, , reforçou a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre Israel. O ex-chanceler afirmou, de acordo com o jornal O , que “quem tem que pedir desculpas é Israel”.

“Quem tem que pedir desculpas é Israel, e não é ao Brasil, mas à humanidade”, sustentou Amorim. “Não há hipótese de pedido de desculpas.”

Amorim esteve em uma reunião com Lula, no , na manhã desta segunda-feira, 19. O objetivo era debater a reação do governo de Israel à fala do presidente petista, que comparou a contraofensiva israelense em Gaza ao Holocausto promovido pelo regime nazista de Adolf Hitler na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. Na ocasião, mais de 6 milhões de judeus foram exterminados.

Um dia depois da fala de Lula, o Ministério das Relações Exteriores de Israel informou que o petista é persona non grata no país. Em comunicado na manhã desta segunda-feira, Tel-Aviv condenou as declarações do presidente brasileiro.

“Não esqueceremos nem perdoaremos”, escreveu o chanceler Israel Katz, em mensagem à diplomacia brasileira. “Em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, diga ao presidente Lula que ele é persona non grata em Israel até que retire o que disse.”

Conforme a fala de Amorim, não há motivo para “festejar” quebras diplomáticas. Contudo, o assessor presidencial disse que Israel é quem deve ficar “preocupado”, pois está “cada vez mais isolado internacionalmente”.

O Partido Socialismo e Liberdade (Psol) também saiu em defesa de Lula e reforçou a tese segundo a qual Israel comete “genocídio” na Faixa de Gaza. A sigla, que integra a base governista no Congresso, se manifestou nesta segunda-feira.

No Twitter/X, o Psol enumerou aqueles que seriam os crimes cometidos pelos israelenses em Gaza. Desde 7 de outubro de 2023, quando terroristas do Hamas assassinaram mais de mil cidadãos em solo israelense, Tel-Aviv começou sua contraofensiva.

Outra medida que arrisca a relação diplomática entre Brasil e Israel foi o pedido do governo de chamar de o embaixador brasileiro no país, Frederico Meyer, para realizar “consultas”.

Com o retorno de Meyer, fica mais distante uma possível solução diplomática entre Brasil e Israel. Nesta manhã, o diplomata participou de uma reunião com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, no Museu do Holocausto, em Jerusalém.

Segundo Amorim, houve “uma concordância geral” sobre a decisão de chamar o embaixador brasileiro em Israel de volta ao Brasil. Meyer foi convocado por autoridades israelenses para dar explicações sobre a declaração de Lula.

Ao sustentar a fala do chefe do Executivo, Amorim também disse que as críticas não são dirigidas ao povo judeu. “Isso não tem nada a ver com o povo judeu”, explicou o assessor. “Temos o maior apreço ao povo judeu, que deu inúmeras contribuições ao Brasil e ao mundo.”

Fonte: revistaoeste

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