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Política

Cármen Lúcia defende ‘regulação’ de IA em eleições: “Não serei juíza de um mundo caduco”

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Na terça-feira 27, a ministra Cármen Lúcia aprovou 12 resoluções no Tribunal Superior Eleitoral (). Essas medidas visam a “regulamentar” o uso de inteligência artificial (IA) nas eleições.

“Estamos trabalhando no mundo de hoje”, declarou a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF). “Então, o que posso lhe dizer, à maneira de Carlos Drummond, que disse: ‘Não serei o poeta de um mundo caduco’. É que também não serei juíza de um mundo caduco.”

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A Ministra Cármen Lúcia É Quem Apresentou As Regulamentações Da Ia | Foto: Wikimedia Commons/Marcelo Camargo/Agência Brasil

De acordo com Cármen, ela trabalhou “com afinco” nos últimos meses para aprovar as resoluções.

“A Constituição do Brasil garante a democracia e, expressamente, com a realização de eleições com lisura, segurança e transparência”, comentou a ministra. “Mudam-se os modos [novas tecnologias], garantem-se os princípios da democracia.”

O tribunal estabeleceu que a tecnologia poderá ser usada somente na propaganda eleitoral, em qualquer modalidade, “com um aviso explícito de que o conteúdo foi gerado por meio de IA”.

Caso o TSE constate o uso de deepfake (conteúdo digitalmente manipulado por IA), um candidato poderá ter o registro ou o mandato cassado.

Alexandre de Moraes, presidente do TSE, exaltou as medidas e disse que elas vão permitir à Justiça Eleitoral ter “instrumentos eficazes para combater o desvirtuamento nas propagandas eleitorais, nos discursos de ódio, fascistas, antidemocráticos e na utilização de IA para colocar na fala de uma pessoa algo que ela não disse”.

  • Proibição das deepfakes;
  • Fixação de obrigação de aviso sobre uso de IA na propaganda eleitoral;
  • Restrição do emprego de robôs para intermediar contato com o eleitor (a campanha não pode simular diálogo com candidato ou qualquer outra pessoa); e
  • Responsabilização das big techs que não retirarem do ar, imediatamente, conteúdos com “desinformação, discurso de ódio, antidemocrático, racista, homofóbico, de ideologia nazista e fascista”.

Estêvão Júnior é estagiário da Revista em São Paulo. Sob supervisão de Edilson Salgueiro

Fonte: revistaoeste

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