Com a nomeação do senador Carlos Fávaro (PSD) como ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), ato assinado pelo presidente Lula nesse domingo (01), assume em seu lugar a primeira suplente, a empresária Margareth Buzetti. Em conversa com a imprensa, ela disse que vai defender pautas do interesse do setor produtivo e que pretende fazer um revezamento no Senado Federal com o segundo suplente, José Lacerda.
“O que eu conversei com o José Lacerda, é que eu assumindo é lógico que eu vou abrir para ele mais para a frente […]. É um compromisso que eu fiz com ele”, disse Buzetti nesse domingo (01/01), em conversa com jornalistas, na posse do governador Mauro Mendes na Assembleia Legislativa. Restam ainda mais quatro anos de mandato para Carlos Fávaro no Senado.
Buzetti falou ainda sobre sua atuação como senadora. Ela explicou que existem muitos projetos em andamento e outros que irão chegar, que deverão ser discutidos. Dentre eles, a reforma tributária, a reforma administrativa que em seu entendimento são polêmicos. E também na pauta muitos projetos ligados ao agronegócio, que precisam ser defendidos.
“É o que eu pretendo fazer. Defender o setor produtivo, defender projetos importantes para Mato Grosso e para o Brasil”, explicou Buzetti, que no ano passado assumiu na vaga de Carlos Fávaro por 121 dias, entre 7 de junho e 6 de outubro.
No segundo turno das eleições, juntamente com a primeira-dama de Mato Grosso, Virgínia Mendes, Buzetti pediu votos para Bolsonaro. Após a vitória de Lula, ela rejeitou o rótulo de “bolsonarista raiz”, diante da perspectiva de assumir a vaga de Fávaro, cujo nome crescia na cotação para ser o novo ministro da Agricultura. Como ela era filiada ao PP, houve uma articulação para que ela se filiasse ao PSD, para não desfalcar a bancada pró-Lula no Senado com a ida de Fávaro para o Mapa. E isso acabou acontecendo no dia 23 de dezembro, com a filiação de Buzetti no PSD, ocorrendo o mesmo com o segundo suplente, José Lacerda, que saiu do MDB e migrou para o mesmo partido.
A nova senadora afirmou que a mudança de legenda não lhe trará nenhuma dificuldade e isso porque provavelmente o seu partido anterior, o Progressistas, deverá compor a base de Lula.
“Nunca fui oposição por oposição, porque isso não é legal. Se o projeto for bom, você tem que defender, tem que votar, independe de qual governo está lá. Estou indo para o PSD. Você fazer parte da base, é onde você vai poder discutir todos os projetos interessantes, principalmente os que eu tenho um pouco mais de entendimento, que é a indústria, o comércio, serviços, e o agronegócio que é a mola propulsora do nosso Estado. Por isso a importância de ter um ministro da Agricultura para o Estado de Mato Grosso”.
Margareth Buzetti revelou que já havia conversado com o presidente nacional do Partido Social Democrático, Gilberto Kassab, que se Fávaro fosse indicado para ministro da Agricultura ela iria para o PSD. Ela destacou que não gosta de mudar de partido, mas sua saída do PP era um compromisso que assumiu.
Carlos Fávaro inicia seus trabalhos como ministro nesta segunda-feira (02.01). A solenidade de transmissão do cargo será realizada às 15 horas, horário de Brasília, no auditório da Embrapa. O evento será transmitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por meio do Youtube, pelo link www.YouTube.com/MinAgriculturaBrasil.
Fonte: esportesenoticias