O general da reserva Walter Braga Netto pretende depor rapidamente à (PF). É o que informou o responsável pela defesa do militar, advogado José Luís de Oliveira Lima, ao jornal O Globo. A entrevista foi divulgada nesta quinta-feira, 19.
O advogado, conhecido como Juca, afastou a possibilidade de colaboração premiada e criticou a delação do tenente-coronel .
De acordo com Oliveira Lima, Braga Netto está desconfortável com a situação atual, mas demonstra respeito pelas instituições judiciais e confiança na comprovação de sua inocência. O general substituiu seu antigo defensor, Luis Henrique Prata, por José Luís de Oliveira Lima.
Antes do depoimento, a Polícia Federal prosseguirá com a análise do material apreendido na residência do militar.
, sob suspeita de tentativa de interferência nas investigações sobre um suposto plano golpista. Ele e outras 36 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e o tenente-coronel Mauro Cid, foram indiciados.
A defesa do general questiona a validade dos depoimentos de Mauro Cid, que indicam a participação de Braga Netto em reuniões destinadas a manter Bolsonaro no poder e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Cid alegou que o general esteve presente em um encontro em sua casa com militares.
José Luís de Oliveira Lima argumentou que a delação de Mauro Cid “supera as piores ilegalidades da Lava Jato” e deveria ser anulada por causa das frequentes alterações nas versões de Cid.
O advogado também considera contestar a posição de Alexandre de Moraes como relator do inquérito. Oliveira Lima concluiu que o general é inocente e “não se envolveu nem tem conhecimento de nenhum plano golpista”.
Fonte: revistaoeste