Sophia @princesinhamt
Política

Bolsonaro quebra o silêncio sobre a prisão de Braga Netto: saiba o que foi dito

2025 word3
Grupo do Whatsapp Cuiabá

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais, na noite deste sábado, 14, para criticar a prisão do general da reserva Walter Braga Netto. Em publicação no Twitter/X, o ex-chefe do Executivo questionou os argumentos usados pela (PF) e pelo ministro Alexandre de Moraes para justificar a detenção do militar.

“Como alguém, hoje, pode ser preso por obstruir investigações já concluídas?”, perguntou Bolsonaro, referindo-se ao inquérito da PF. Há dez dias, a corporação concluiu a investigação que culminou no indiciamento de 37 pessoas — incluindo Braga Netto.

De acordo com o ex-presidente, a ação da Polícia Federal levanta dúvidas sobre a base legal para a detenção de Braga Netto. A operação amparou-se em novas revelações do tenente-coronel , ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Cid, em sua delação premiada, afirmou que Braga Netto tentou obter informações sobre o conteúdo dos depoimentos à PF, que permanecem em sigilo.

Com a autorização de Moraes, a Polícia Federal prendeu Braga Netto no . Ele está detido sob a custódia do Exército, acusado de interferir nas investigações. A defesa nega a acusação e afirma que o general possui meios para provar que não buscou influenciar as investigações. Contudo, os advogados só se manifestarão oficialmente depois de terem acesso à íntegra dos documentos da acusação.

É a primeira vez que um general de quatro estrelas vira alvo de uma operação dessa magnitude, com pedido de prisão sem provas.

A prendeu Braga Netto hoje cedo. Ele foi indiciado no inquérito que investiga uma suposta trama golpista. Durante a operação, agentes realizaram buscas em sua residência.

A prisão ocorreu em Copacabana, na zona sul do . Depois de ser detido, Braga Netto foi encaminhado ao Comando Militar do Leste, onde ficará sob custódia do Exército.

Em sua defesa, o general nega as acusações. Ele declarou que nunca se tratou de golpe, “muito menos de plano de assassinar alguém”.

Segundo o relatório da Polícia Federal, Braga Netto tentou obter informações sobre o acordo de colaboração do tenente-coronel , ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. De acordo com a PF, essa tentativa ocorreu por meio dos pais de Cid.

O relatório final da investigação, que indiciou Bolsonaro, Braga Netto e outras 35 pessoas, afirma o seguinte: “Outros elementos de prova demonstram que Braga Netto buscou, por meio dos genitores de Mauro Cid, informações sobre o acordo de colaboração”.

Em mensagens trocadas, o general Mario Fernandes, também indiciado no caso, relata que os pais de Mauro Cid teriam entrado em contato com Braga Netto e com o ex-ministro Augusto Heleno para negar o conteúdo da delação.

“Sobre a suposta delação premiada do Cid: a mãe e o pai dele ligaram para o Braga Netto e para o Augusto Heleno, informando que é tudo mentira!”, escreveu Fernandes ao coronel reformado Jorge Luiz Kormann, em 12 de setembro. A mensagem foi enviada três dias depois de o ministro Alexandre de Moraes, do STF, homologar a delação de Mauro Cid.

Durante uma operação de busca e apreensão na sede do Partido Liberal (PL), a PF encontrou um documento que seria um roteiro de “perguntas e respostas” relacionado à delação de Mauro Cid. O material estava na mesa do coronel Flávio Peregrino, assessor de Braga Netto à época.

O relatório da PF mostra haveria um esforço do grupo para acessar informações do acordo de colaboração. “O conteúdo indica se tratar de respostas dadas por Mauro Cid a questionamentos feitos por alguém possivelmente relacionado ao general Braga Netto, evidenciando a preocupação do grupo com temas ligados à tentativa de golpe de Estado”, alega a corporação.

Em um dos questionamentos, interpelaram Cid sobre “o que foi delatado” em relação às reuniões. A resposta, supostamente de Cid, dizia: “Nada, porque não entrava nas reuniões”.

A Polícia Federal acredita que Mauro Cid foi diretamente consultado sobre os detalhes de sua colaboração com a PF. “O contexto do documento revela que perguntas relacionadas ao acordo de colaboração foram respondidas pelo próprio Mauro Cid”, alega a corporação.

Fonte: revistaoeste

Sobre o autor

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.