Por Esportes & Notícias
O ex-ministro da Agricultura e ex-governador de Mato Grosso, blairo maggi, em recente entrevista, disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) prejudicou o setor agrícola com a questão ambiental.
Blairo revelou que o posicionamento que o ex-ministro da pasta do Meio Ambiente Ricardo Salles teve de enfrentamento com o mercado internacional e que contou com respaldo e apoio de Bolsonaro, prejudicou o agro brasileiro.
“Com a velocidade que perdemos esse respaldo internacional, a gente vai reconquistar agora com o novo governo. O presidente Lula já declarou: eu vou me preocupar com as pautas ambientais, as mudanças climáticas são importantes, eu tenho que estar inserido dentro disso. Então, você deixa de remar contra a correnteza e passa a nadar a favor da correnteza”, disse Blairo em entrevista ao Brazil Journal.
Ainda na mesma entrevista, Blairo afirma que a resiliência do setor agrícola é para sempre, mas que não é por acaso, pois, o agro segundo Maggi, conseguiu se antecipar aos problemas e começou a se organizar usando a sua representatividade.
“Nós passamos vários governos e eu não vi desde 2003 pra cá, atitudes de governo que viessem propositalmente atrapalhar o setor, e espero não ver no futuro, porque esse setor é muito importante para a economia brasileira. A nossa balança comercial, o nosso superávit comercial, claro que não é só feito do agro, tem as outras partes também, mas o agro é muito importante e precisa ser defendido”, explicou.
Maggi ainda elogiou a ex-ministra da Agricultura de Bolsonaro, Tereza Cristina, e declarou que ela foi uma grande ministra que deu continuidade no que ele vinha fazendo na pasta. Blairo explica que a única coisa que chateou o setor foi a demora no avanço em algumas situações, como por exemplo, na situação do autocontrole que o setor enfrenta resistência de fiscais.
Para completar, ele traçou que o perfil do futuro ministro da agricultura seja alguém que conheça bastante de logística, de mercado internacional, que seja uma pessoa com bom relacionamento com o ministério, e que tenha em mente avançar na produção com proteção ambiental.
“Eu diria que o mais importante para o ministério, é ter alguém que faça a interlocução para fora do Brasil. Que se disponha a viajar, que se disponha a ir aos mercados, que converse com os mercados, porque se você não ampliar onde vender as suas coisas, você não consegue ampliar a produção. O Brasil é um País autossuficiente em alimentos com excedentes fantásticos e se não abrir esses mercados fora, você não tem como expandir internamente”, detalhou.
Fonte: esportesenoticias
