Após apresentar os documentos para Prefeitura de Cuiabá e Câmara de Vereadores, o deputado ainda vai levar os documentos ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Barranco tem realizado críticas à intervenção na saúde de Cuiabá. Ele chegou a acusar a Justiça de ter tomado uma decisão política ao invés de técnica com a determinação. Vale lembrar que a esposa do deputado, a dentista Roseli Barranco, era secretária-adjunta de Atenção Primária de Cuiabá e foi demitida pelo Gabinete de Intervenção.
De acordo com Barranco, a empresa APP Serviços Médicos LTDA, contratada de forma emergencial, sem a realização de um processo de licitação, está no nome de uma laranja, Andréia Alves da Silva, mas na verdade seria propriedade do médico Daoud Mohd Khamis Jaber Abdallah, ex-secretário adjunto da Saúde de Cuiabá da gestão Mauro Mendes e supostamente um aliado do governador e para quem ela já teria trabalhado.
Andreia já foi funcionária de Abdallah e, tanto a APP Serviços, quanto outra empresa no nome dela, possuem o mesmo telefone de contato, que está vinculado a uma firma do médico. Além disso, Barranco cita que, entre 2020 e 2021, ela recebeu 13 parcelas do auxílio emergencial e, portanto, não teria capital para bancar uma empresa de serviços de UTI Pediátrica.
“Não usei o termo laranja, mas é isso. Andréia Alves da Silva não tem condições de ser proprietária, a não ser que ela tenha ganhado na mega-sena, de ter se alavancado de quem recebia auxílio emergencial e era funcionária da empresa do Daoud, para se tornar proprietária de uma empresa que vai ter musculatura para prestar esses serviços”, disse Barranco, ladeado pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro e por Chico 2000.
O documento de Barranco aponta que a empresa, aberta em abril de 2022, conta com um capital de apenas R$ 20 mil e que por isso não seria possível ser a contratada para a realização do serviço de UTI Pediátrica, que tem uma média mensal de R$ 500 mil em serviços.
Fonte: leiagora