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Política

Atuação de Paulo Pimenta no RS: Vice-prefeito de Porto Alegre critica falta de resultados e destaca excesso de diálogo.

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Há quatro meses e meio, moradores do começaram a sofrer com uma das piores enchentes de sua história. Durante esse tempo, famílias perderam suas casas e seus bens; os comerciantes, seus estoques; e os produtores, suas colheitas. Em uma decisão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu escantear o governador Eduardo Leite (PSDB) e enviou o ministro das Comunicações, Paulo Pimenta, para chefiar as ações do governo no Estado.

A decisão, entretanto, parece não ter agradado a população do Estado e alguns integrantes da política. Um dos políticos que criticaram as atuações do ministro petista foi o vice-prefeito de Porto Alegre, Ricardo Gomes. Em entrevista ao , na edição desta terça-feira, 10, ele afirmou que Pimenta ofereceu “muita comunicação e pouca realização”.

Ricardo Gomes fez essa menção em referência à pasta que o ministro chefia (Ministério das Comunicações). Também por esse motivo, segundo o vice-prefeito, “a escolha de Pimenta pareceu mais política do que técnica”. “É sintomático que viria mais comunicação do que realização”, afirmou Ricardo Gomes.

O político gaúcho ainda criticou a demora e a burocracia do Estado brasileiro em liberar os recursos e as habitações.

Casa arrastada pela enchente em Cruzeiro do Sul, no Vale do Taquari (RS) | Foto: Tauany Cattan/Revista Oeste
Casa arrastada pela enchente em Cruzeiro do Sul, no Vale do Taquari (RS) | Foto: Tauany Cattan/Revista Oeste
Notebook em meio aos destroços de uma casa, em Cruzeiro do Sul, no Vale do Taquari (RS) | Foto: Tauany Cattan/Revista Oeste
Notebook em meio aos destroços de uma casa, em Cruzeiro do Sul, no Vale do Taquari (RS) | Foto: Tauany Cattan/Revista Oeste
Aeroporto Salgado Filho, de Porto Alegre | Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República
Aeroporto Salgado Filho, de Porto Alegre | Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República
A Imer Usinagem durante as enchentes de maio. Depois que a água baixou, foi possível calcular o prejuízo inicial de R$ 1,5 milhão | Foto: Reprodução/Arquivo pessoal
A Imer Usinagem durante as enchentes de maio. Depois que a água baixou, foi possível calcular o prejuízo inicial de R$ 1,5 milhão | Foto: Reprodução/Arquivo pessoal
santuário desaba no rio grande do sul
Local onde ficava o santuário foi isolado pelas autoridades | Foto: Reprodução/Instagram/@santuariodagruta
Cruzeiro do Sul, no Rio Grande do Sul, ficou devastado depois das enchentes; pessoas ficaram em abrigos
Enchentes destruíram diversas cidades do Rio Grande do Sul; atividades agropecuárias foram afetadas | Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini
entrega de donativos da caranava de bolsonaro no RS
Voluntários de Alvorada, no Rio Grande do Sul, descarregam primeira carreta com doações da caravana de Bolsonaro, vinda de Ribeirão Preto (SP) | Foto: Divulgação/Arquivo pessoal

“Apesar da promessa de habitação para todos, cada vez que as prefeituras mandavam os cadastros, o governo federal mudava e pedia outras informações”, afirmou o vice-prefeito. “Em Porto Alegre, na última vez que verifiquei, haviam sido construídas sete casas, das quase 3 mil que tinham os cadastros prontos.” 

Ricardo Gomes ainda mencionou a saúde mental e as dificuldades que as crianças enfrentam em relação à educação no Rio Grande do Sul. Ele lembrou que, durante a pandemia de covid-19, houve um déficit na aprendizagem. Os lockdowns rigorosos pioraram a situação dos alunos.

“Agora, estamos com 120 dias de calamidade e muitas crianças não conseguiram retornar para a sala de aula”, disse. “Fora as que ficaram desabrigadas. Temos de fazer um esforço, relacionado à saúde mental, para recuperá-las.”

Ainda conforme o vice-prefeito, as enchentes no Rio Grande do Sul fizeram com que o Estado gaúcho se aproximasse do restante do Brasil. Ele mencionou a cultura gaúcha, que sempre foi fechada.

Os moradores do Rio Grande do Sul sempre tiveram sua tradição, suas roupas típicas, suas músicas e seus folclores. Agora, depois da catástrofe, houve a possibilidade de “aproximação com a sociedade brasileira”.

Fonte: revistaoeste

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