Em reportagem publicada na da Revista , Anderson Scardoelli mostra que os artistas brasileiros que, em 2022, gravaram videoclipe para alertar sobre as necessidades de preservar a Amazônia parecem ter desistido de “salvar” o bioma. Mudança que ocorre apesar do aumento dos registros dos focos de calor na região amazônica, mas que se deu diante do fato de Luiz Inácio Lula da Silva suceder a Jair Bolsonaro na Presidência da República.
“Apesar do aumento das queimadas na Amazônia, o discurso por parte de organismos ambientais mudou. Durante o governo Bolsonaro, alguns desses agentes culpavam, assim como o discurso de petistas, o alegado ‘descaso’ com o bioma e o meio ambiente como um todo. Agora, nem se tenta responsabilizar o atual presidente da República e a ministra do Meio Ambiente. Para eles, as ‘mudanças climáticas’ são as reais culpadas pelo recorde dos focos de calor na região amazônica.
‘É difícil apontarmos um único fator para o aumento vertiginoso dos focos de queimadas na Amazônia’, disse Rômulo Batista, porta-voz do Greenpeace Brasil, no site da instituição. ‘Mas é preciso lembrar que, no ano passado, a crise climática foi classificada pelos cientistas como a principal causa da seca na região. Não por coincidência, acabamos de sair do ano mais quente registrado na História, 2023, e ainda enfrentamos efeitos intensos do fenômeno El Niño.’
A postura da organização não governamental Greenpeace era, entretanto, diferente antes de Lula reassumir o poder. Em setembro de 2022, em pleno período de campanha eleitoral, a ONG tomou lado na questão político-partidária e lançou a música Canção pra Amazônia, com melodia de Nando Reis e letra de Carlos Rennó.
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Artistas dos mais diversos estilos musicais se uniram para clamar: ‘Salve a Amazônia’. Anavitória, Iza, Criolo, Arnaldo Antunes, Duda Beat, Vitão, Péricles, Gaby Amarantos, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia e Daniela Mercury são alguns dos que se revezam na cantoria, em tom melancólico, dos versos da música de Reis e Rennó. ‘Abaixo o (des)governo que abandone a Amazônia’, dizia a letra. Aparentemente a mensagem tinha prazo de validade.”
A íntegra da reportagem “Amazônia em chamas” .
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A Edição 211 da Revista vai além do texto de Anderson Scardoelli a respeito da relação dos artistas brasileiros com o aumento das queimadas na Amazônia. A publicação digital conta com reportagens especiais e artigos de J. R. Guzzo, Augusto Nunes, Ana Paula Henkel. Rodrigo constantino, Alexandre Garcia, Guilherme Fiuza, Rodrigo Constantino, Silvio Navarro, Artur Piva, Flávio Gordon, Carlo Cauti, Ubiratan Jorge Iorio, Dagomir Marquezi & Vitor Marcolin e Cristyan Costa.
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Fonte: revistaoeste