O projeto previa a implantação de duas linhas, totalizando 22 quilômetros. A primeira linha ligaria o Aeroporto de Várzea Grande até o Terminal da Avenida do CPA, enquanto a segunda linha ligaria o Coxipó até o Morro da Luz. Porém, as obras foram interrompidas no começo de 2015, quando restavam 18 quilômetros de trilhos a serem instalados.
Em 2017, a construção do VLT foi alvo de operações policiais e o governo rescindiu o contrato com o consórcio, em 2018, decisão ratificada pela Justiça e transitada em julgado.
O orçamento para a implantação do VLT era de R$ 1.477.617.277,15. O Estado pagou R$ 1.066.132.266,34, ou seja, 72,15% do total previsto. No entanto, não houve conclusão de 72% das obras.
Dentro desse valor pago ao Consórcio VLT, R$ 497.999.873,30 correspondem aos trens, que foram comprados muito antes de poderem rodar. Isso significa que 46,71% do valor pago pelo Estado foi para comprar os vagões nunca utilizados.
O valor desembolsado pelo Estado para o pagamento das obras previstas no VLT foi de R$ 338.737.547,81, segundo o próprio governo. Mas esse valor não foi pago somente para a instalação dos trilhos. O montante engloba outras intervenções, incluindo as chamadas obras de arte especiais, que são viadutos, trincheiras e pontes, que precisariam ser construídas independentemente do modal escolhido.
São obras que já foram incorporadas pelo Sistema Viário de Cuiabá e de Várzea Grande, como é o caso da trincheira do Zero KM, na Avenida da FEB, o viaduto da Sefaz, na Avenida do CPA, e os viadutos da UFMT e da MT-040, na Avenida Fernando Corrêa da Costa. Além disso, foi construída uma terceira ponte na divisa entre Cuiabá e Várzea Grande.
Com a decisão de troca do modal para o BRT, o governo busca reaver na Justiça o valor de R$ 830 milhões dos prejuízos causados pelo consórcio ao Estado.
Fonte: leiagora