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Política

Advogada brasileira denuncia soldado israelense: militância pró-Palestina em destaque

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A advogada Maira Pinheiro, que pediu a abertura de um inquérito da Polícia Federal () para investigar o soldado israelense Yuval Vagdani, é ativista pró-Palestina.

A advogada Maira Pinheiro | Foto: Reprodução/Youtube
A Advogada Maira Pinheiro | Foto: Reprodução/Youtube

O reservista israelense, que passava férias na Praia de Morro de São Paulo, no município baiano de Cairu, é investigado por suspeita de envolvimento em crimes de guerra na Faixa de Gaza. Ele deixou o Brasil neste domingo, 5.

O pedido de investigação foi feito pela organização internacional pró-Palestina Fundação Hind Rajab (HRF), que contratou Maira Pinheiro para ajudar no caso.

O pedido de investigação contra Yuval Vagdani foi feito pela organização internacional pró-Palestina Fundação Hind Rajab (HRF) | Foto: Reprodução/Redes sociais
O Pedido De Investigação Contra Yuval Vagdani Foi Feito Pela Organização Internacional Pró-Palestina Fundação Hind Rajab (Hrf) | Foto: Reprodução/Redes Sociais

A HRF acompanha as atividades de soldados israelenses na região e apresentou documentos, como vídeos e imagens, que sugerem que o soldado participou de ações “criminosas” em Gaza. O conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas já dura mais de 15 meses. 

O conflito começou em razão de um ataque terrorista do Hamas, que controla a Palestina, em 7 de outubro de 2023. Os terroristas assassinaram mais de 1,2 mil cidadãos em Israel.

Yuval Vagdani, pai do soldado, relatou ao jornal que soube da investigação quando um amigo do filho recebeu uma mensagem da representação diplomática israelense no Brasil. Ele instruiu o filho a deixar o país imediatamente.

“Disse a eles para escaparem imediatamente e não ficarem lá nem por mais um minuto”, declarou Vagdani ao jornal. “Eles rapidamente fizeram as malas e cruzaram a fronteira em poucas horas. Num piscar de olhos, eles passaram de turistas a fugitivos.”

Funcionários da Embaixada de Israel em Brasília acompanharam o soldado até o aeroporto. Ainda não há informações oficiais que revelam qual aeroporto ele usou para deixar o Brasil. O Itamaraty não se manifestou sobre o caso.

Em comunicado, o governo de Israel reafirmou o direito do país à autodefesa depois do “massacre brutal cometido pelo grupo terrorista palestino Hamas”. O governo israelense ainda destacou que as operações em Gaza seguem estritamente o Direito Internacional.

Criticou, também, a HRF, e alegou que a organização manipula os sistemas legais para criar uma narrativa contra o país.

O soldado foi identificado por meio de suas postagens nas redes sociais, em que aparecia em vídeos que mostravam áreas devastadas de Gaza. Em outros vídeos, ouviram-se risadas de soldados enquanto explosões controladas eram filmadas.

Esse episódio levou Yuli Edelstein, presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa do Parlamento de Israel, a convocar uma reunião. O encontro tinha como objetivo discutir formas de proteger os soldados contra processos judiciais internacionais.

Depois da repercussão do caso, um parlamentar israelense chamou o Brasil de “patrocinador de terroristas”.

A declaração foi divulgada por Dan Illouz, político que ocupa uma das cadeiras no Knesset, a Assembleia de Israel.

“O Brasil se tornou um Estado patrocinador de terroristas”, disse o político. “Em vez de perseguir terroristas, persegue um soldado das FDI — um judeu que sobreviveu a uma cozinha brutal e protege o seu povo.”

Por meio das redes sociais, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também criticou a ação do governo brasileiro em relação ao soldado. Ele repostou uma publicação que lembrava que, em 2019, Israel foi um dos únicos países a enviar uma equipe militar para ajudar nas buscas em Brumadinho (MG). 

“Hoje, o Estado brasileiro coloca a PF para investigar membros das Forças Armadas de Israel de férias no Brasil”, afirma a publicação.

Fonte: revistaoeste

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