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Política

Acordo no Rio de Janeiro impede apreensão de adolescentes sem flagrante

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Os e municipais do Rio de Janeiro decidiram, em audiência na quarta-feira 21, que não vão apreender adolescentes sem flagrante ou decisão judicial durante a Operação Verão da Polícia Militar (PM).

O entendimento ocorreu em uma audiência de conciliação no Supremo Tribunal (STF). Em seguida, o ministro do STF Cristiano Zanin homologou o acordo. Na ocasião, participaram os deputados federais Chico Alencar, , Pastor Henrique Vieira, Tarcísio Motta e Talíria Petrone. Todos do Partido Socialismo e Liberdade (Psol).

O Fórum Estadual da Criança e do Adolescente, o Instituto Alana, a Justiça Global e a Coalizão pela Socioeducação enviaram representantes à audiência.

Em 15 de dezembro, a juíza Lysia Mesquita, da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso, .

Contudo, um dia depois, o desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), derrubou a liminar.

Quatro ações questionaram a decisão do TJ-RJ: a da Procuradoria-Geral da República (PGR), a da Defensoria Pública do Rio, a de um grupo de deputados federais e estaduais do Psol e a do Fórum Estadual da Criança e do Adolescente.

Os presentes concordaram com o “imediato restabelecimento” do item da sentença da 1ª Vara da Infância, que era: “determino que o Estado do Rio de Janeiro e o município do Rio de Janeiro se abstenham de apreender e conduzir adolescentes a Delegacias de Polícias, senão em hipótese de flagrante de ato infracional, ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária”.

Tanto o Estado quanto o município vão apresentar, em até 60 dias, um plano de segurança pública voltado para a repressão de “adolescentes em conflito com a lei”.

Em nota, o Público informou que vai manter as tratativas com as corporações policiais do Rio de Janeiro. O objetivo é “a garantia dos direitos das crianças e adolescentes”.

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O Paulo Gonet acionou o Supremo para derrubar a decisão liminar do desembargador Rodrigues, que liberou as abordagens como medida preventiva de segurança | Foto: Ton Molina/Estadão Conteúdo

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Gonet acionou o Supremo para derrubar a decisão liminar do desembargador Rodrigues, que liberou as abordagens como medida preventiva de segurança. Este último atendeu a um pedido conjunto do governador (PL) e do prefeito Eduardo Paes (PSD).

A política foi implantada na chamada Operação Verão. Esta é uma parceria da prefeitura e do governo do Estado para reduzir a criminalidade na temporada em que a cidade mais recebe turistas. A estratégia foi uma resposta a seguidos casos de arrastão que ocorreram na zona sul da cidade.

Fonte: revistaoeste

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