“A gente não vai parar de distribuir a marmita sem ter nada a oferecer. Queremos oferecer a alimentação no local adequado, em um restaurante popular, por exemplo, eu quero até saber se a Universidade Federal está à disposição para fazermos uma parceria com o RU. A gente leva o pessoal todo de ônibus para almoçar lá no RU”, declarou em coletiva de imprensa, na manhã desta quinta-feira (23).
“Eu sei que isso vai ser uma experiência social muito importante para eles, para que eles possam ver a realidade das pessoas da rua e, nesse tempo de formação, é importante que a academia possa encontrar uma solução para isso. Então, estou à disposição do restaurante”.
Ocorre que, na semana passada, o gestor havia anunciado o desejo de cessar a distribuição de marmitas para pessoas em situação de rua em Cuiabá. A medida polêmica dividiu opiniões entre autoridades políticas e, também, entre cidadãos que debateram a posição por meio das redes sociais.
No RU, as refeições custam ao estudante R$ 2,50, porque o restante do valor é subsidiado pelo governo federal, como forma de auxiliar os discentes a permanecerem na academia.
Abilio propôs que, para atender pessoas em situação de rua, a prefeitura pagaria pelos R$ 2,50, mas não apontou na conta de quem ficará o restante do valor. Ele explicou que seria necessária a criação de um horário específico para atender essa população a ser levada até o RU com ônibus cedidos pelo município.
Em entrevista, o liberal explicou que a intenção da prefeitura não é proibir a distribuição de marmitas, mas criar espaços específicos para a alimentação da população vulnerável. Enquanto isso não é feito, a distribuição está ‘liberada’. Para além do RU, Brunini cogita também a possibilidade de que o Restaurante Popular, no Centro, ofereça a alimentação adequada.
“Além do Restaurante Universitário tem o Restaurante Popular. A empresa que fornece as marmitas é a mesma que faz alimentação do restaurante. Então, não sei por que não tem um escalonamento de horário para atender ali, naquele local. Estamos criando um local adequado na assistência social para que também tenha um local de reabilitação, de cuidados e tratamento. O nosso foco é que não queremos mais as pessoas comendo marmita na rua, no chão, com lixo, com todas aquelas questões insalubres”, finalizou o chefe do Executivo municipal.
Fonte: leiagora