“Seria natural se esse tema viesse a público no meio do ano, não vejo nada demais se é secreto ou não a votação. Lá em Brasília e na Assembleia Legislativa também é assim. Agora quando você percebe essas artimanhas na véspera da eleição da Mesa, é uma articulação do próprio presidente da Câmara, buscando uma tentativa de recondução tentando conseguir os votos de uma forma ou de outra, mas não tem problema não”, disse o prefeito eleito nesta segunda-feira (23).
A sessão extraordinária desta segunda causou uma confusão entre os vereadores. Acontece que o objetivo desta sessão seria zerar a pauta do Legislativo para que na próxima sexta-feira (27) fosse votado temas mais polêmicos como as contas de gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), a LOA 2025 e a cassação do vereador Paulo Henrique (MDB).
De última hora foi colocado em pauta o projeto que visa mudar o regimento interno da Câmara. O projeto de resolução de autoria da Mesa Diretora prevê que a eleição ocorrerá de forma “nominal, com voto escrito em cédula de papel, de forma secreta e depositado em urna”.
Até então, as eleições da Mesa Diretora do Legislativo Cuiabano já ocorriam de forma nominal, mas não era realizada por meio de cédula e nem de forma secreta.
Os vereadores de oposição e que compõem o grupo de apoio de Abilio, Dilemário Alencar (União),Michelly Alencar (União) e Felipe Correa (PL) colocaram a boca no trombone alegando que o projeto descumpre o que é determinado no próprio regimento, afinal ele não foi disponibilizado para os vereadores em prazo anterior a 24h. Desta forma, ficou combinado que a resolução será votada na próxima sexta-feira.
Para Abilio esta ação movida por Chico mostra que a Câmara precisa de mudança e que a chapa encabeçada por Paula Calil e apoiada por ele trará uma transparência aos trabalhos da Mesa Diretora.
“Esse tipo de condução do Parlamento não pode continuar. Existe uma necessidade de ter previsibilidade da pauta para que os vereadores possam apreciar aquilo que vai ser votado. Até para ele saber se não tem nenhuma pegadinha, se só tem isso mesmo, ele estudar, conversar com o seu jurídico. As pautas, principalmente no regimento da Câmara, ela fala que tem que ter uma previsão, pelo menos, de 24 horas e, de repente, do nada, aparecem algumas pautas na sessão. Esse tipo de condução é um pouco prejudicial à imagem do próprio Parlamento. Então, a minha visão é que isso precisa mudar”, disse Abilio.
Fonte: leiagora
