O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta se aproximar dos militares por meio de algumas medidas. Uma delas foi a assinatura do decreto que autoriza as Forças Armadas a atuarem em portos e aeroportos do Rio de Janeiro e de São Paulo, por meio da Garantia da Lei e da Ordem (GLO). O decreto foi assinado em 1º de novembro.
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Para isso, o presidente foi obrigado a desagradar à ala majoritária do PT, que tenta aprovar medidas no Congresso para extirpar atribuições dos militares.
O duplo discurso de Lula
Cinco dias antes de assinar o decreto, e com o objetivo de agradar aos parlamentares do PT, Lula afirmou que não haveria GLO. “Enquanto for presidente, não tem GLO”, disse.
Contudo, no dia que assinou o decreto, Lula justificou a medida como necessária, diante da grave situação que acomete os dois Estados.
“Bem, na verdade, essa medida estabelece a criação de uma operação integrada de combate ao crime organizado e, por isso, estou fazendo esse decreto de GLO”, afirmou Lula.
A GLO é uma ação militar que reúne as Forças Armadas a partir da ordem do presidente da República. A medida é aplicada em graves situações de perturbação da ordem. Os militares, nesse caso, são acionados quando há esgotamento das forças policiais.
Reconstruindo relações
Lula mudou de ideia depois que houve uma articulação entre os comandantes das Forças Armadas e o ministro da Defesa, . O objetivo desse acordo seria reconstruir a relação entre os militares e o presidente, que estava desgastada.
Entretanto, Múcio sinalizou que alguns outros fatos ajudaram a melhorar a relação entre os Dois Poderes. Um deles, por exemplo, foi a operação da Força Aérea Brasileira (FAB), para resgatar os brasileiros na guerra entre Israel e os terroristas do Hamas.
Fonte: revistaoeste