O deputado federal Fábio Garcia (União) preferiu ser mais cauteloso ao falar sobre o pedido de impeachment contra o presidente Lula (PT) apresentado na quinta-feira (30) por um grupo de parlamentares da oposição, dentre eles, a mato-grossense Amália Barros (PL), que está como co-autora.
O parlamentar, que inclusive foi apoiador e votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), alegou que é necessário que se tenha base constitucional para que o pedido siga adiante na Câmara Federal e ponderou sobre a instabilidade gerada por estes processos.
“O pedido de impeachment tem que ser constitucional. Fazer pedido de impeachment para gerar instabilidade, para aumentar taxa de juros, frear o desenvolvimento, diminuir número de empregos, trazer consequências ruins para o país, eu acredito que não seja o adequado. Eu votei e aprovamos o impeachment da Dilma, uma governante do PT, mas ali existia uma clara pedalada fiscal contrária à Constituição, só podemos apoiar se tiver vício de constitucionalidade”, comentou Garcia.
Apesar das ponderações, Fábio não quis polemizar já que colegas da bancada de Mato Grosso são a favor do impeachment, como Abilio Brunini e José Medeiros, ambos do PL. O parlamentar disse apenas que acredita que se o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), entender que tem constitucionalidade, colocará o pedido para apreciação e a votação é no plenário e aberta.
Os grupo de oposição, autores do pedido, cita três fatos para justificar a solicitação para o afastamento de Lula. O primeiro foi a declaração do petista de que queria se vingar do senador e ex-juiz Sérgio Moro (União) quando estava preso na Polícia Federal (PF). O segundo foi a afirmação do presidente da República de que a operação conduzida pela PF – após a descoberta do plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para atacar e sequestrar Moro e seus familiares – teria sido uma “armação” do senador paranaense.
Fonte: leiagora