O Ministério Público Eleitoral (MPE) denunciou quatro pessoas por promoverem um ataque hacker contra o sistema do tribunal Superior Eleitoral (TSE). O crime cibernético ocorreu em 15 de novembro de 2020, data do primeiro turno das eleições municipais. Os denunciados tiraram o aplicativo e-Título do ar e vazaram dados de servidores do TSE na internet. O documento foi assinado pelo promotor Paulo Roberto Binicheski. A informação é da CNN.
De acordo com o MPE, a ação também contou com a ajuda de um adolescente. Os investigados injetaram um software de transmissão de dados do sistema da Corte Eleitoral e conseguiram transmitir os dados para fora.
O processo de invasão dos servidores do TSE causou instabilidade no aplicativo. Isso resultou no vazamento de dados sigilosos de servidores públicos. O ataque, no entanto, supostamente não prejudicou o processo eleitoral nem a votação dos representantes dos municípios.
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE na época, registrou a existência de “incidentes em sistemas on-line do Tribunal, potencialmente decorrentes de ataques cibernéticos”. Foi aberto um inquérito pela polícia federal (PF) para apurar o caso. A conclusão da PF foi de que não houve impacto nas eleições.
Ainda de acordo com o MPE, o grupo, denominado “Cyerteam”, assumiu publicamente a autoria dos ataques hackers. Um dos denunciados, inclusive, confessou seu envolvimento em mensagens enviadas a amigos. O juiz eleitoral Lizandro Garcia já tem a denúncia em mãos. O grupo deve responder na Justiça por associação criminosa, crimes eleitorais e crimes cibernéticos.
Fonte: revistaoeste