Após ser acusada de suposta participação em um esquema de tráfico humano e sequestro, a modelo Yasmin Brunet, de 34 anos, declarou que já foi vítima de fake news outras vezes, mas que desta vez decidiu ir à polícia registrar o Boletim de Ocorrência. Ela afirmou que confia na Justiça brasileira.
“Foi a primeira vez que eu fiz isso. Geralmente eu ‘deixo para lá’, mas isso era uma coisa muito séria. Comecei a receber ameaças de morte de verdade por causa disso e vi que, neste caso, tudo estava tomando uma proporção muito maior do que eu pensei que tomaria”, contou Yasmin em entrevista à Revista QUEM.
A filha de Luíza Brunet entrou na história após demonstrar preocupação com o “desaparecimento” da brasileira Letícia Maia. Durante uma live feita por Letícia, a modelo, assim como dezenas de internautas, assistiu à transmissão acreditando que a jovem poderia estar em uma situação de risco.
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Kat Torres, influencer e coach, é acusada de tráfico humano e charlatanismo, entre outros crimes. Uma de suas supostas vítimas seria Letícia, presa nos Estados Unidos com Kat e Desirrê Freitas. Letícia fazia lives das quais Yasmin chegou a participar.
Em um segundo momento, Letícia abriu outra live e disse que tinha fugido de um cativeiro, mas Desirrê continuaria no local com Yasmin, o que gerou as fakes news de que a modelo estaria envolvida com tráfico de pessoas.
“Estava preocupada, tentei ajudar e me meteram em uma confusão que, sinceramente, não dá nem para acreditar”, desabafou Yasmin.
Ao lado de outras vítimas, a modelo participará de uma reportagem do Fantástico, que será exibida no domingo (13/11), sobre o caso. “A matéria é com outras vítimas também dessa pessoa e acho que vão conseguir entender que eu fui colocada em uma história. Essas pessoas pensam que a internet é terra de ninguém, mas eu confio na Justiça brasileira”, afirmou.
Entenda detalhes do caso
O assunto ganhou repercussão nas redes sociais há duas semanas, após o suposto desaparecimento de Letícia Maia levar sua família a fazer um apelo público. A jovem de 21 anos não dava notícias desde abril.
Foi então que o caso começou a ser investigado pela Policia Civil de Minas Gerais, o Itamaraty e os EUA. No início de outubro, Letícia reapareceu nas redes sociais bastante abatida, com olheiras e falas desconexas, dizendo que havia fugido de um cativeiro nos EUA, mas que a amiga e influenciadora Desirrê Freitas continuava no local.
De que forma Yasmin Brunet é envolvida na história
No vídeo que ganhou repercussão, Letícia acusou a atriz e modelo Yasmin Brunet de tráfico humano, sem qualquer prova. “Gente, eu quero a ajuda de vocês. Eu estou tentando falar e vocês não estão acreditando. Por favor, a Desirrê está em perigo. A Yasmin Brunet ainda está com ela lá, eu consegui sair do cativeiro”, proferiu ela.
Bastante abalada, Yasmin negou todas as acusações em publicação no Instagram. Kat Torres, então, passou a criticar a modelo na internet. Na semana seguinte, Yasmin prestou queixa contra a jovem por calúnia, difamação e ameaça.
Família em desespero
Ainda de acordo com o portal G1, que chegou a ter contato com os pais de Letícia, eles acreditam que a filha foi aliciada a integrar uma seita comandada por Kat Torres. A mesma estaria incentivando meninas brasileiras a irem para os Estados Unidos.
Na entrevista, os pais de Letícia disseram que ela sempre foi uma jovem carinhosa e apegada à família, mas que se distanciou por influência da coach brasileira. A família de Letícia ainda disse para a polícia que todo o dinheiro que ela ganhava era gasto com Kat em seu site.
Mais sobre Kat Torres
Katiuscia Torres Soares tem 29 anos e é de Belém (PA). Em seu site oficial, ela se descreve como Life Coach e possui mais de 1 mil clientes pelo mundo todo, das mais diversas crenças, classes sociais e exigências. Ela também diz ser escritora, atriz e comediante.
A paraense também promete “estratégias” de evolução espiritual, na carreira, nas finanças e nos relacionamentos, com planos que variam de R$ 73 (mensal) a R$ 700 (anual).
Fonte: midianews.com.br