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Vape: o perigo por trás da fumaça eletrônica

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A história nos conta que antes do descobrimento das Américas pelos europeus, os indígenas deste lado do Atlântico já conheciam o tabaco e o utilizavam nos rituais religiosos. Sabiamente, só utilizavam nesses rituais, o que já era prejudicial, mesmo sem o conhecimento da originária dos males causados pelo tabaco.

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Homem usando o vape (Foto: Pixabay)

Durante mais de dois séculos, o tabaco foi usado apenas nas práticas religiosas e como auxiliares em alguns antigos tratamentos médicos, como no combate à sarna, piolhos, carrapatos e picadas de insetos. Não era o ideal, mas até aí, tudo bem.

No século XVIII, com a revolução industrial e com o crescimento mundial do capitalismo, o tabaco deixou de ser de uso exclusivo dos rituais religiosos e como complementos aos tratamentos médicos, passando ao uso recreativo, numa corrida desenfreada de consumo, que aumentou consideravelmente no século XX, quando a indústria cinematográfica teve na indústria do tabaco um de seus principais patrocinadores.

Além dos comerciais explícitos ou por mensagens subliminares nas telas das TVs e dos cinemas, havia o consumo por parte de atores e outros participantes do meio artístico.

Apenas em meados do século passado a medicina passou a perceber os malefícios dos cigarros, com seu grande número de componentes e, dentre eles, a nicotina, como sendo a principal substância perniciosa. Nas duas últimas décadas do século passado, surgiram inúmeros estudos científicos, que vieram a comprovar a grande nocividade do cigarro, associando-o ao câncer em diversas áreas do corpo humano, além de aumentar os riscos de infarto agudo do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais e outros acidentes vasculares.

O prejuízo é enorme também para a saúde mental, devido ao seu alto poder de dependência, que faz o usuário consumir quantidades cada vez maiores do produto, só diminuindo o consumo durante a noite e, muitas vezes, nem nesse período do dia, uma vez que os sintomas de abstinência, comumente, despertam precocemente o fumante para fazer uso do cigarro durante a madrugada.

Outros sintomas de abstinência são , dor de cabeça, , tremores, sudorese, angústia e grande inquietação motora, além do maior risco de desenvolver ansiedade, transtorno do pânico depressão e um estado crônico de estresse.

O conhecimento dos danos causados pelo fumo provocou que a Organização Mundial da Saúde considerasse o tabaco o maior causador de mortes evitáveis do mundo, estabelecendo em 1987, o dia 31 de maio, em todos os países, como o Dia Mundial sem Tabaco.

O grande problema é que como se não bastasse o fumo convencional, como conhecido há séculos, surge sua forma eletrônica, os chamados vapes ou pods ou e-cigarros, com a falsa promessa de diminuir os prejuízos causados pelo cigarro comum, mas na verdade mantendo-os ou, até mesmo, aumentando-os.

Os vapes são inalados a partir do aquecimento de um líquido existente no interior de um pequeno dispositivo, que contém nicotina, possibilitando o acréscimo de outras substâncias lícitas ou ilícitas.

Apesar de ser o tabaco uma substância lícita, é uma droga de abuso, inclusive em sua forma eletrônica, uma vez que a nicotina é o carro-chefe em todas as formas de cigarro e cabe ressaltar que no tipo eletrônico, geralmente, há mais nicotina do que no modelo convencional.

O uso certamente logo migrará para o abuso e, pouco depois, para dependência. Nesse trajeto, os estragos já vêm sendo feitos e, muitos deles, são irreversíveis. Se você nunca fez uso de tais produtos, parabéns e assim se mantenha. Por outro lado, se você já é usuário e encontra dificuldades para largar o uso, procure ajuda profissional de um ou pneumologista ou psicólogo.

Fonte: primeirapagina

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