O TJMT (Tribunal de Justiça de Mato Grosso) realizará, na próxima segunda-feira (16), às 9h, uma audiência de conciliação para enfrentar a grave situação da saúde pública em Cuiabá.
Convocada pelo desembargador Orlando de Almeida Perri, a audiência reunirá o prefeito Emanuel Pinheiro, representantes do governo do Estado, deputados, autoridades da área de saúde, o Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE) e a classe médica.
A pauta principal é debater soluções imediatas para os problemas estruturais que têm comprometido o atendimento médico na capital, como a falta de concursos públicos, transparência nas escalas médicas e sobrecarga no sistema de saúde municipal.
No entanto, a decisão limita o acesso da imprensa ao evento. O desembargador Orlando de Almeida Perri justificou a restrição como uma medida excepcional para garantir que as discussões ocorram de forma concentrada e sem influências externas.
“A presença irrestrita da imprensa poderia desviar o foco principal, que é encontrar soluções urgentes para a crise na saúde pública municipal e evitar o colapso no atendimento à população”, declarou o magistrado.
A gravidade da crise
A representação que motivou a audiência foi apresentada pelo Procurador-Geral de Justiça de Mato Grosso e pede a intervenção do Estado no município.
Entre as principais acusações estão o descaso com a transparência de dados sobre a saúde pública, falta de médicos e deficiências nas unidades de atendimento, o que tem deixado a população sem os cuidados necessários.
A situação da saúde pública em Cuiabá é crítica e atinge diretamente a população mais vulnerável. Relatos de superlotação em unidades de pronto atendimento, falta de medicamentos essenciais e equipamentos quebrados são recorrentes.
Pacientes enfrentam longas filas de espera por consultas e cirurgias, enquanto profissionais de saúde denunciam a sobrecarga de trabalho e condições inadequadas para exercerem suas funções.
A precariedade dos serviços tem gerado indignação e apelos por ações concretas para evitar o agravamento do cenário.
Fonte: primeirapagina