“Um cão é o único ser na Terra que pode amá-lo mais do que ama a si mesmo”, observou Josh Billings.
Devido à natureza incondicional do seu amor, os cães são vistos frequentemente como criaturas bobas – até mesmo estúpidas.
Uma nova pesquisa, no entanto, provou que nossos companheiros caninos podem saber mais sobre nós do que pensamos.
De acordo com um estudo publicado na revista Science, nossos cães podem ter um entendimento mais amplo da linguagem humana, do que acreditamos.
O pensamento comum dita que os cães compreendam o tom de nossas palavras com mais facilidade do que às próprias palavras em si. É por isso que, quando punimos ou elogiamos nossos cães, enfatizamos demais o nosso tom para soar mais ou menos aprovativo. Queremos desesperadamente que eles nos compreendam – e nossas emoções, argumentamos, conectam-nos a eles mais plenamente do que nossas palavras.
Pode haver alguma verdade nisso. No entanto, de acordo com este estudo, há muito mais abaixo da superfície.
Pesquisadores húngaros treinaram um grupo de cães – variando amplamente em raça e idade – para se assentarem em scanners FMRI.
Eles, então, estudaram a maneira como seus cérebros respondiam quando seu treinador falava diferentes palavras em tons diferentes. Por exemplo, ele podia dizer “Bom trabalho!” em uma voz aguda e alegre, e então usar a mesma entonação para dizer “Relatório Fiscal!”.
Ao fazer isso, os pesquisadores descobriram que os cães não eram apenas sensíveis à entonação. Foi comprovado que eles entendem a natureza mais complexa das palavras, mesmo quando foram incompatíveis com as dicas emocionais do seu treinador.
Ainda mais interessante, os pesquisadores descobriram que os cérebros dos cães processaram essas peças de linguagem de forma muito semelhante aos dos seres humanos.
Foi mostrado que os cães processam o tom com o lado direito do cérebro e o vocabulário com o esquerdo – exatamente como nós, humanos. Então, eles combinam a informação para determinar o significado das palavras. Eles reconhecem cada palavra como sendo distintas e possuem uma capacidade surpreendentemente grande com o vocabulário humano.
Isso significa que não estamos enganando nossos cães quando dizemos algo cruel ou neutro em uma voz super feliz. Eles também não são susceptíveis a serem enganados por palavras sem sentido em um tom agradável. Tal como os seres humanos, eles compreendem – e provavelmente apreciam – quando o elogio é genuíno.
O estudo mostrou maior atividade nos centros de recompensa dos cérebros dos cães quando eles ouviram uma mensagem positiva e um tom positivo. Um sem o outro deixou-os confusos – assim como a nós.
“Uma pessoa pode aprender muito com um cachorro. Marley me ensinou a viver todos os dias com exuberância e alegria desenfreadas, a aproveitar o momento e seguir seu coração. Ele me ensinou a apreciar as coisas simples – uma caminhada na floresta, uma queda de neve fresca, uma soneca em um raio de luz solar do inverno. E, à medida que envelheceu, ele me ensinou sobre o otimismo diante da adversidade. Principalmente, ele me ensinou sobre amizade e abnegação e, acima de tudo, lealdade inabalável”, escreveu John Grogan no livro Marley & Eu.
Parece que, de acordo com o estudo, a mesma mensagem se aplica. Nossos melhores amigos são incríveis, e geralmente não lhes damos crédito suficiente.
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Fonte: unicanews