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Riscos de afogamento: imprudência e consumo de bebidas alcoólicas contribuem para 102 casos neste ano

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Imprudência de pais com crianças em áreas de rios e pessoas embriagadas são as principais causas de afogamentos em rios de Mato Grosso. A afirmação é do comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Flávio Gledson Vieira Bezerra. De 1º de janeiro até o dia 22 de outubro deste ano, já foram 102 afogamentos no Estado.

Ao 2024 word3, o comandante-geral afirmou que a população tem que entender que rio é diferente de piscina e, por isso, o cuidado deve ser redobrado, principalmente com crianças e adolescentes. “Piscina é um ambiente controlado, você sabe a profundidade, não tem correnteza, a criança está em volta de um local único, exclusivo. Se coloca uma pessoa ali para cuidar, ela vai ter mais controle dessa criança”, explica.

“Num rio com correnteza, que não se tem ali certeza da profundidade a cada passo que se dá, não tem certeza se a criança vai conseguir ir e voltar por conta da correnteza. Exige mais esforço físico para nadar. Se não tiver realmente atento com a criança, acaba se perdendo essa criança por afogamento”, alerta.

Segundo o comandante, neste ano os bombeiros começaram a fazer ações preventivas feitas pelos bombeiros na baixada cuiabana, em torno do Rio Cuiabá. “Temos feito um trabalho adicional, de prevenção, principalmente no período mais seco, quando as pessoas procuram a beira de rio. A gente faz essas operações em pontos estratégicos do Rio Cuiabá, na região metropolitana, para manter a prevenção a esse tipo de acidente”, afirma.

“Isso tem tido bastante resultado, mas infelizmente a gente não consegue controlar a população indo em todos os pontos. Vamos naqueles pontos onde há mais presença de pessoas, mas há lugares que as pessoas acabam visitando, sem ser local de grande concentração de público e infelizmente a gente ainda tem visto acidentes como esses”, acrescenta o coronel.

Afogamentos em MT

O número de afogamentos nos últimos 3 anos viveu uma montanha russa. Em 2022, entre janeiro e outubro, foram 84. Houve um aumento em 2023, para 146 e neste ano já foi registrada uma queda, com 102 afogamentos nos primeiros 10 meses do ano. Em números consolidados (com os 12 meses), foram 91 em 2022 contra 170 no ano passado – veja quadro

Isso por ser atrelado à onda de calor que o Estado tem vivido. Em 2023, os maiores picos de afogamentos foram em julho e setembro, épocas em que o tempo fica mais seco. Neste ano, isso aconteceu em junho e agosto.

O que fazer

O comandante orienta sobre o que fazer quando se percebe que uma pessoa está afogando.  A orientação é que só se tente um resgate se tiver condições físicas. O militar ressalta que o ideal é lançar algo que boie, para que essa pessoa consiga se salvar. “Uma corda, um pedaço de madeira, essa seria a melhor orientação”.

“Quando a pessoa está se afogando, ela tem uma força para se salvar, um instinto muito grande. Mas se não tiver força física para tirar, não tente, se tiver condição física para isso, aí é melhor tentar”, reforça.

: rdnews

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