A Prefeitura de Várzea Grande, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural Sustentável (SEMMADRS), realizou, na semana passada, audiência pública para apresentar o estudo diagnóstico que vai embasar o plano de manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) Tanque do Fancho, popularmente conhecimento como Parque Tanque do Fancho.
Durante a apresentação do estudo, foram destacadas as características principais da APA, que foi criada por meio do Decreto Municipal nº 20/1996, com uma extensão de quase 5 hectares de relevo plano, grande variedade de vegetação nativa e plantada (incluindo árvores frutíferas, como pinha, acerola, limão, tarumã, e até mesmo a árvore dominadora leucena, que está em 41% do espaço). A diversidade da fauna também é perceptível, com a presença de tucanos, araras, cutias, saguis, gaviões, capivara, lagartos. Além disso, o local conta com duas nascentes, sendo uma intermitente.
Foram relatados os passivos ambientais detectados pela equipe que elaborou o estudo, bem como as propostas para o plano de manejo. Dentre as sugestões da equipe multidisciplinar, estão a definição de horário de funcionamento do parque e de velocidade máxima de 30 Km/h no estacionamento; proibição de camping, de coleta de animais e de plantas, de prática de ciclismo dentro da APA, de buzinas no estacionamento; realização de pesquisas apenas com autorização prévia pela Unidade de Conservação; plano de comunicação com os usuários; alocação e capacitação de uma equipe para atuar no local, entre outras medidas, que visam o bem-estar dos animais que vivem na APA, bem como da preservação das espécies animais e vegetais, além de evitar danos às duas nascentes que se encontram no local. Para passar a valer, o plano de manejo precisa ser apreciado e aprovado pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente.
Para o secretário Célio dos Santos, a audiência foi um marco histórico. “Várzea Grande viveu um momento histórico com a audiência pública onde foi apresentado um diagnóstico da situação atual da APA Tanque do Fancho. O objetivo foi exatamente envolver a sociedade para ver quais são as expectativas e anseios em relação àquela APA. Ali é um espaço que tem uma rica biodiversidade e que precisa ser preservado, ao mesmo tempo que precisa ser útil de alguma forma para a sociedade. E ali pode se transformar num local que a sociedade pode utilizá-lo para prática de esportes, fazer caminhadas, pesquisas científicas. Inclusive na audiência, tivemos a presença de professor que se propôs a envolver alunos no trabalho de pesquisa dentro daquele espaço tão importante para a sociedade”, comentou.
De acordo com a arquiteta e urbanista da Ginco Urbanismo, Juliana Hipólito, o trabalho foi muito importante, feito em parceria com a Prefeitura de Várzea Grande por meio de compensação ambiental. “Foi um trabalho bem bacana, multidisciplinar, com 12 pessoas de formações diferentes, que abre precedentes para outros estudos”, disse.
O debate contou com a participação de cerca de 30 pessoas, no Plenário da Câmara Municipal, incluindo representantes, além da SEMMADRS, das Secretarias de Serviços Públicos e de Assuntos Estratégicos, do Departamento de Água e Esgoto (DAE), da Procuradoria Geral do Município (PGM), funcionários da Ginco Urbanismo (responsáveis pelo estudo), presidentes de bairros, pesquisadores, dos vereadores Rogerinho da Dakar (licenciado) e Adriana Alves, entre outros, o que foi motivo de elogio do secretário Célio dos Santos.
“Muitas vezes a Secretaria de Meio Ambiente recebe demandas que são relativas a diversos setores da Prefeitura. Eu fico feliz por ver representantes das demais Pastas. Importante que todos estejam envolvidos, tanto setor público quanto privado, e que a conscientização permeie todos os setores. Quero agradecer a participação e apoio de todos”, destacou.
Fonte: Secom-VG