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Revelações surpreendentes sobre o projeto de música nas escolas de Rondonópolis: bastidores expostos!

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Uma série de denúncias envolvendo o departamento de música da secretaria municipal de Educação de Rondonópolis chegaram até a redação do GazetaMT, um departamento que é responsável pela Escola de Música, fanfarra e banda municipal e trabalha com mais duas mil crianças da rede municipal nas faixas etárias do ensino infantil e fundamental. Os denunciantes relataram a conivência e interferência do gerente deste departamento, Wagner Linhares, com casos envolvendo nepotismo, importunação sexual, prestadores de serviço recebendo sem trabalhar, perseguições e até venda de instrumento musical do acervo do município.

Para repassar detalhes dos bastidores, os denunciantes solicitaram a condição de anonimato sob a alegação de sofrerem mais perseguições, além das já impostas no período que trabalharam no projeto. Segundo eles, os problemas começaram em 2023, quando alguns prestadores de serviços que atuavam como instrutores musicistas teriam recebido integralmente seus salários, cerca de três mil reais, sem terem cumpridos a carga horária contratualizada, ainda conforme o relato, o gerente do departamento era informado sobre a falta de assiduidade dos contratados em reunião semanais do grupo de instrutores.

Em maio de 2024, as ilegalidades administrativas continuaram com a contratação do filho do gerente departamento de música da secretaria municipal de Educação, Wagner Linhares, como instrutor de violino, configurando nepotismo, ele teria trabalhado todo o contrato.

Já em setembro, a prefeitura realizou a contratação de 40 instrutores musicistas, onde segundo os denunciantes sem a necessidade deste volume de pessoas para o departamento, e além de constar nestas contratações os dois filhos de Wagner Linhares, onde de acordo com o relato, a filha do gerente não é musicista. O Observatório Social de Rondonópolis, encaminhou ao Ministério Público denúncia de nepotismo, e o MP recomendou finalização dos contratos. Neste período, Wagner Linhares, tinha sido designado para trabalhar na Banca de Avaliação do Chamamento Público, e ainda era responsável pelo controle e execução dos contratos dos profissionais credenciados.

Um dos casos mais graves ocorreu também nesta época, uma denúncia de importunação sexual de um dos instrutores da Escola de Música contra uma menina de 13 anos, participante do projeto. As partes foram ouvidas e um relatório foi elaborado e encaminhado para o Conselho de Instrutores, que decidiram pelo desligamento do instrutor, mas o gerente do departamento, engavetou o caso, que tem como suspeito da importunação o filho de Linhares. Uma denúncia foi protocolada na Polícia Civil sobre a situação gravíssima ocorrida na Escola de Música da prefeitura de Rondonópolis.

Por fim, os denunciantes relatam a tentativa ou venda de um instrumento musical pertencente ao acervo do município, novamente o filho de Wagner Linhares, estaria envolvido nesta irregularidade. Além disso, boa parte dos instrumentos musicais estariam sucateados ou foram extraviados, lembrando que foram investidos, segundo os entrevistados pela reportagem, cerca de dois milhões de reais nos últimos dois anos em instrumentos musicais para o departamento de música da secretaria municipal de Educação de Rondonópolis.

A situação se tornou insustentável levando ao pedido de desligamento de um grupo de 12 instrutores, por não concordarem com a forma de gestão do atual gerente do departamento de música da secretaria municipal de Educação de Rondonópolis. Para terminar, as atividades do projeto de música nas escolas se encerraram no dia 12 de dezembro, com o termino do ano letivo, mas na última quarta-feira (18/12), o prefeito nomeou três pessoas para “atuarem” como Assessores de Apoio à Musica e   Gerente do Núcleo de Apoio a Música.

O OUTRO LADO

Entramos em contato com a prefeitura de Rondonópolis, e até o momento da publicação desta reportagem não obtivemos resposta. O espaço segue aberto para os devidos esclarecimentos sobre as denúncias relatadas no texto da matéria.

Fonte: gazetamt

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