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Réu irrita promotor ao negar ter matado por questões financeiras: Ninguém morre de graça

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– O empresário Edgar Ricardo de Oliveira, um dos autores da chacina em um bar de Sinop no ano passado, afirmou durante seu  julgamento, nesta terça- (15), que não cometeu o crime após perder dinheiro em apostas de sinuca.

Ele e seu comparsa Ezequias Souza Ribeiro mataram sete pessoas, incluindo uma menor de idade, em 21 de fevereiro do ano passado, último dia do . Morreram na ocasião Getúlio Rodrigues Frasão Júnior, de 36; a filha dele, de 12; Orisberto Pereira Sousa, de 38; Adriano Balbinote, de 46; Josué Ramos Tenório, de 48; Maciel Bruno de Andrade Costa, de 35; e Elizeu Santos da Silva, de 47.

Edgar alegou que sempre foi alvo de “armações” por parte de Maciel Bruno, que dono do bar, e disse que sofreu “provocações” e “ameaças” das vítimas e que “ninguém morre de ”.  Já em relação a menor,  disse que o tiro foi “acidental”.

“Nada desses fatos que dizem aí, que foi por causa de que saí matando todo mundo, não é verdade. Ninguém morre de graça, não. Eu nunca me importei com dinheiro de jogo, o jogo para mim era um hobby, assim como de tiro. Eu não vivia de jogo, eu era empresário”, disse.

As declarações de Edgar irritaram o promotor de Justiça Herbert Dias Ferreira, que classificou as falas como “mentirosas”. Ele afirmou não há outra motivação para o crime senão a da perda de dinheiro no jogo de sinuca.

“Eu quero pedir desculpas para os familiares de todas as vítimas, vocês não mereciam ouvir essas mentiras e esses absurdos que o Edgar contou aqui. Eu tenho a impressão que se esse interrogatório se alongasse por mais alguns minutos, o réu teria dito aqui que foi abduzido, levaram ele para outro planeta, porque não é possível que uma versão dessas convença, minimamente, quem está aqui hoje assistindo esse julgamento”, afirmou o promotor.

“Uma das maiores barbaridades que já cometeram no nosso Estado de Mato Grosso e, lamentavelmente, na oportunidade que o réu tem de se defender, de demostrar arrependimento, ele prefere seguir o caminho do desrespeito e da mentira”, acrescentou.

Herbert Ferreira disse esperar que, com a condenação do acusado,  hoje seja o último dia de dor dos familiares.

O Ministério Público Estadual (MPE) pede que ele seja condenado por sete homicídios qualificados (motivo torpe, meio cruel, perigo comum, recurso que dificultou a defesa das vítimas, vítima menor de 14 anos, concurso de pessoas, emprego de e concurso material).

“Eu confesso que eu fiquei até um pouco incrédulo com o que eu ouvi aqui. Eu imaginei que ele fosse se arrepender, apresentar alguma versão crível, justa, mas fez aquilo que a gente sempre diz aqui em plenário: ou nega ou terceirizada a responsabilidade dele”, pontuou.

Fonte: odocumento

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