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Retomada de produção de banana da terra em Campo Verde é garantida com técnica de controle biológico inovadora

Numa área de 2,5 hectares produz 320 quilos de banana da terra por semana.
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Com a infestação da praga conhecida como moleque da bananeira em 80% da área de cultivo de da terra, no Sítio Lago Azul, no Assentamento Rural Santo Antônio da Fartura, localizado no de Campo Verde (131 km ao Sul de Cuiabá), foi utilizado o biológico para combater a infestação. Uma área de 2,5 hectares foi atingida, causando a diminuição dos cachos e da produtividade. A produtora rural Maria Antônia do Nascimento tinha uma produção mensal de 1.280 quilos de banana e, com a infestação, teve uma queda na produtividade de mais de mil quilos.

O engenheiro agrônomo da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Kenio Nogueira, explica que para controlar o moleque da bananeira, considerada a principal praga que ataca os bananais, utilizou na propriedade a técnica de controle biológico com o fungo Beauveria bassiana. “Conhecer os problemas fitossanitários que afetam o bananal, saber identificá-los e ter informações sobre as medidas adequadas de controle são subsídios fundamentais para a tomada de decisão do produtor”, enfatiza.

O Sítio Lago Azul possui uma área de 21 hectares, a proprietária Maria Antônia plantou 3,5 hectares de banana da terra. No de 2017, começou com o primeiro cultivo da cultura numa área de 2,5 hectares e chegou a  produzir 320 quilos de banana por semana. No final de 2018, montou uma área extra de um hectare. A engenheira agrônoma da Empaer, Ana Carla Martins Vidotti fala que foi verificada a presença do inseto no bananal e que constatou a população da praga, seu nível de controle e dano econômico. Com a utilização do controle biológico, a praga foi controlada e a produção poderá chegar a mais de 1.280 quilos por mês.

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Para o controle da praga moleque da bananeira foram utilizadas as iscas tipo “telha” feitas com pedaços do pseudocaule da bananeira com aproximadamente 50 centímetros, e também iscas tipo do “queijo” com pedaços do pseudocaule com altura entre cinco e dez centímetros, cortados transversalmente. Na propriedade foram utilizadas 30 iscas por hectare, ou seja, um total de 150 iscas tipo “telha” para monitoramento da população. As iscas foram colocadas dentro e fora do bananal, e também próximas às touceiras. Para ambas as iscas, o pico de atratividade foi de até 15 dias.

De acordo com Ana Carla, independentemente da praga ser controlada, algumas práticas devem ser iniciadas já na implantação do bananal, a começar pela aquisição ou produção de , pois estas são consideradas um meio comum para disseminação de pragas. E alerta que antes do plantio as mudas devem ter os restos de terra retirados, as raízes desbastadas e as galerias encontradas no rizoma eliminadas.

As mudas podem ainda ser submetidas ao tratamento químico, e pode ser feita a limpeza do bananal com a destruição dos restos de pseudocaules e eliminação de folhas velhas, materiais que são fontes de abrigo, alimento e reprodução de pragas.

Controle biológico

O fungo Beauveria bassiana é indicado para controle de insetos e pragas em diversas culturas. O fungo proporciona efeito de supressão da população de diversos grupos de insetos, contribui para o manejo de resistência e para a redução no uso dos defensivos químicos. O produto é ideal para o manejo integrado de pragas, promovendo uma agricultura mais sustentável, preservando os inimigos naturais e o equilíbrio do ecossistema.

Fonte: @empaer_mt

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