No ano passado, a cobrança de PIS/Cofins foi interrompida. No entanto, em março, o governo Lula informou que haveria uma retomada parcial da cobrança desses impostos federais nos combustíveis. A partir de 1º de julho, está programada a reoneração completa do PIS/Cofins para gasolina e etanol. Como resultado, os consumidores devem sentir um aumento rápido nos preços dos postos de combustível.
O que explica a gasolina mais cara?
Atualmente, os postos de combustível têm o poder de definir os preços que serão cobrados dos consumidores. Quando há um aumento nos preços dos combustíveis nas refinarias ou nos impostos, geralmente eles repassam essa elevação rapidamente para os consumidores.
No entanto, apesar do esperado aumento, os preços estão mais baixos em comparação a outros momentos. O analista da consultoria Tendências, Walter Vitto, destaca que a Petrobras reduziu os preços em maio, o que se refletiu nos valores dos combustíveis nas bombas. De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio da gasolina era de R$ 5,39 em maio, em contraste com R$ 5,51 em abril.
Na semana passada, o preço médio do litro da gasolina caiu 0,4% no país, chegando a R$ 5,40, segundo a ANP.
Se o litro da gasolina subir R$ 0,34 nos postos, o valor atingiria R$ 5,74, ainda 20% inferior ao registrado em 2022. Esse cálculo leva em consideração a manutenção do preço médio da semana passada. Em junho do ano passado, o litro da gasolina era vendido, em média, por R$ 7,23.
No entanto, os preços nas bombas ainda não refletem completamente a redução anunciada pela Petrobras. Desde o dia 16, o preço nas refinarias da estatal foi reduzido em R$ 0,13 por litro. Essa redução é a segunda realizada pela Petrobras desde a alteração de sua política comercial de precificação de combustíveis, em maio. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia mencionado que a Petrobras poderia promover uma nova redução de preços para compensar a reoneração.
Em junho, os estados também passaram a cobrar uma alíquota única de ICMS sobre a gasolina, fixada em R$ 1,22 por litro. Esse novo valor já está sendo observado nas bombas. Pedro Rodrigues, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), afirma que a unificação traz mais previsibilidade tanto para os estados quanto para os consumidores, uma vez que anteriormente a cobrança variava de percentual de estado para estado.
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Fonte: unicanews