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Produtor investe em sistema de irrigação e aumenta produção de leite

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Com investimento de R$ 14 mil, o produtor Hilho Hungria de Carvalho, 41 anos, implantou o sistema de irrigação na sua propriedade em Pontes e Lacerda (a 448 km de Cuiabá), sob a assistência técnica da Empaer (Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural). O resultado do trabalho, que começou no mês de maio, já é percebido com o aumento da produção de leite.

O sí Paraíso está localizado na Comunidade Nossa Senhora Rainha da Paz Cerro Azul e o projeto contempla duas áreas com um hectare cada, onde foi plantado (capim) o BRS capiaçu.

Com 18 vacas em lactação a pasto e produzindo, em média, entre 135 e 140 litros de leite por dia, o produtor diz estar feliz com o resultado do investimento realizado durante o período da estiagem, quando a criação padece com a seca. “Nos primeiros meses do ano, fiquei desesperado com o fim das chuvas e não saber o que fazer. Fui orientado a procurar a Empaer e a opção apresentada foi o melhor caminho”.

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Após o primeiro corte no período da seca   Foto: Empaer 

Segundo Hilho, à parceria entre a Empaer e o Consórcio Vale do Guaporé, pôde viabilizar o contato com o especialista em irrigação, engenheiro da Empaer Thiago Afonso de Azevedo. “Já na primeira visita, ele disse que eu precisaria investir no sistema de irrigação. Começamos com um hectare e, em seguida, mais um. Estou muito satisfeito e vendo que o dinheiro foi muito bem investido”, destaca.

À frente na construção do projeto, Thiago Afonso de Azevedo explica que foram realizadas visitas na propriedade, sendo a primeira para conhecer a área e verificar a disponibilidade de água. Já foi possível executar a iniciativa na segunda visita, com a instalação do sistema de irrigação por aspersão em capiaçu.

Antes da instalação, o produtor fez um corte na cultivar, com aproximadamente 110 dias, para produzir silagem. Com a irrigação funcionando, o segundo corte ocorreu com 70 dias, com o capiaçu fresco no cocho durante o período de seca. O terceiro corte ocorre neste período de início das chuvas e também será servida à criação ainda fresca.

As técnicas da Empaer, Loana Longo e Rafaela Sanchez de Lima, estimam um aumento entre 25 e 30% na produção de leite, pelo fato do capiacu estar sendo fornecido fresco no cocho.

“Com o bom resultado da primeira área, de um hectare, o produtor ficou tão satisfeito que já instalou um segundo projeto com capiaçu, em outra área do mesmo tamanho, além da montagem de um sistema de fertirrigação para adubação”, destaca Loana Longo.

Já Rafaela Sanchez de Lima frisa que o trabalho de assistência técnica foi possível devido à parceria com o Consórcio Vale do Guaporé. “Estamos trabalhando em outros quatro projetos de irrigação no município de Pontes e Lacerda, tanto em área de capiaçu quanto em pastagem”.

Interessados podem procurar o Local de Pontes e Lacerda, que está localizado na Rua Ruth Ferreira Mazui, número 948 ou pelo telefone (65) 3266-3032.

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Técnica da Empaer Rafaela Sanchez de Lima durante visita na propriedade  Foto: Empaer

Fonte: GOV MT

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O presidente do Center for Climate and Energy Solutions (C2ES) e renomado especialista climático global, Nat Keohane, elogiou as ações realizadas em Mato Grosso no âmbito do desenvolvimento sustentável e afirmou que o Estado é hoje um “modelo de desenvolvimento econômico e proteção florestal”.

Este modelo de proteção ambiental aliada à produção, com metas ousadas de redução de carbono, será apresentado pelo governador Mauro Mendes na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP-27), que ocorrerá em Sharm El-Sheikh, no Egito, nas próximas semanas.

Nat Keohane usou Mato Grosso como exemplo de políticas ambientais que visam a preservação das florestas tropicais, durante palestra na plataforma TED (Technology, Entertainment and Design), que está disponível no Youtube.

“Mato Grosso é um estado brasileiro que é tão grande quanto o Texas e um pedaço da Califórnia juntos, e um dos maiores produtores mundiais de carne bovina e soja. Mato Grosso é hoje um modelo de desenvolvimento econômico e proteção florestal”, disse ele.

PHD em Harvard, economista e assistente especial para Energia e Meio Ambiente na Casa Branca no Governo Obama, Keohane mencionou que Mato Grosso, há algumas décadas, era um dos maiores poluidores de carbono do mundo e conseguiu reverter o jogo, reduzindo em 85% o desmatamento ilegal.

“Mato Grosso não reduziu as emissões paralisando a agricultura. Em vez disso intensificou a fiscalização contra grileiros ilegais, empoderou comunidades locais e populações indígenas para proteger seus territórios. Trabalhou com produtores e comerciantes agrícolas em toda a cadeia de suprimentos para investir em métodos de produção novos e mais sustentáveis. Esses esforços foram apoiados por uma ampla gama de ONGs, empresas e organizações indígenas”, disse.

Conforme o especialista, essa política foi reforçada durante a gestão do governador Mauro Mendes, que “imediatamente afirmou seu compromisso com a redução do desmatamento”.

“Porque ele [governador] viu como essas novas políticas estavam atraindo novos investimentos e lançando as bases para o crescimento sustentável. Se quisermos evitar a catástrofe climática, o mundo precisa de muito mais Mato Grossos”, relatou.

Para Keohane, a política florestal praticada no Estado é um “sucesso total” e é possível ser implementada em outras regiões do mundo, uma vez que Mato Grosso continuou expandindo sua produção ao mesmo tempo em que reduziu o desmatamento ilegal.

“Em Mato Grosso, a produção de soja mais que dobrou e o aumentou em mais de um quarto, mesmo com a queda do desmatamento”, pontuou.

Confira a palestra AQUI.

COP 27

Juntamente com outros representantes do Estado e do setor produtivo e ambiental de Mato Grosso, o governador Mauro Mendes participará da COP-27, com a missão de fortalecer a imagem de Mato Grosso como a região do planeta que mais produz com preservação.

Atualmente, Mato Grosso mantém 62% de seu território inteiramente preservado, mesmo sendo o principal produtor de commodities do país. Os principais estados produtores dos outros países líderes em produção não preservam nem 1/3 disso.

O Estado é líder na produção de soja, milho, algodão e biodiesel e carne bovina. Possui meta ousada para neutralizar as emissões de carbono até 2035, 15 anos antes da perspectiva global, por meio de um plano de ação colocado em campo desde 2019, via programa Carbono Neutro MT.

Mesmo com o aumento da produção, Mato Grosso tem reduzido substancialmente o desmatamento. Somente no bioma amazônico, o desmatamento foi reduzido em 85% nos últimos 20 anos.

De janeiro a setembro deste ano, conforme os dados do INPE, a queda total no desmatamento em todo o estado foi de 47%, se comparado com o mesmo período de 2021.

Fonte: GOV MT

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Mato Grosso realizará no dia 30 de novembro, em Cuiabá, o I Fórum ‘Parque Tecnológico Pensando Mato Grosso’. A iniciativa é da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci) e do Parque Tecnológico Mato Grosso, que buscam reunir os principais nomes e instituições envolvidas no debate sobre o impacto das mudanças climáticas no Estado e no Brasil.  

O evento será hibrido e tem a finalidade de promover o diálogo entre os diferentes setores da sociedade, com a participação de pesquisadores, especialistas, poder público, organizações não governamentais, universidades, setor privado e movimentos sociais, entre outros atores. Todos focados no enfrentamento dos problemas relacionados às mudanças climáticas, sua mitigação e suas consequências socioambientais e econômicas.

O fórum será conduzido pelo Parque Tecnológico Mato Grosso, um braço de representação internacional da Seciteci, que tem avançado na promoção da pesquisa e inovação em áreas de tecnologia, além de fomentar a cooperação entre instituições de pesquisa, universidades e empresas de todo o mundo. Alinhado ao conceito ESG – [Environmental, Social and Governance, em português Meio Ambiente, Social e Governança], o Parque se tornou referência na prospecção de parceiros desenvolvedores de arranjos sociais, com impactos sobre o bem estar da sociedade e do meio ambiente.

Segundo o secretário da Seciteci, Maurício Munhoz, o Fórum Pensando Mato Grosso abordará dois eixos centrais de importância regional e mundial – Mudanças Climáticas e Fontes de Energias Renováveis.  

Munhoz destaca o protagonismo da Seciteci e do Parque Tecnológico no desenvolvimento do projeto de monitoramento do potencial hídrico de Mato Grosso.

“O estudo das águas, desenvolvido pela Seciteci e Parque Tecnológico, será apresentado diante dos principais líderes mundiais, que, a todo momento, cobram iniciativas de Mato Grosso. A climática continua sendo a maior ameaça de longo prazo que a humanidade enfrenta. Para Mato Grosso, sentar à mesa com líderes mundiais e organismos internacionais, propondo soluções tangíveis, é sair do discurso e partir para a prática”, defendeu Munhoz.

O estudo é complexo e visa definir um plano de governança para o uso sustentável da água, a partir do monitoramento das principais bacias hidrográficas do Estado, e uma projeção das áreas de maior consumo para produção. O documento será apresentado pelo governador Mauro Mendes durante a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27), que será realizada entre os dias 06 e 18 de novembro, em Sharm El Sheikh, no Egito.

Com o uso sustentável da água, Mato Grosso reafirma o compromisso internacional de defesa do meio ambiente e a implantação de políticas públicas capazes de mitigar os impactos causados pelas mudanças climáticas.  

Programação – Para debater o impacto das Mudanças Climáticas, o fórum receberá, no período da manhã, a secretária de Estado de Meio Ambiente (Sema), Mauren Lazzaretti, e o biólogo e doutor em Ecologia, Rafael Nunes. O biólogo está à frente das principais pautas ambientais desenvolvidas pelo Parque Tecnológico e é um dos responsáveis pelo projeto de monitoramento do potencial hídrico do Estado. Após a palestra, haverá uma mesa redonda com debatedores convidados e público participante.

No período da tarde, o fórum debaterá as Fontes de Energias Renováveis. Neste painel, a expectativa é pela participação de especialistas da Usina Hidrelétrica Itaipu Binacional e de pesquisadores mato-grossenses e especialistas convidados.

Fonte: GOV MT

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