O Procon de Cuiabá pediu para a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustível) averiguar os preços do etanol em postos de combustíveis. O órgão diz que os aumentos recentes são “incomuns” e poderiam indicar a formação de cartel.
Conforme o diretor-geral do Procon de Cuiabá, Genilto Nogueira, os postos têm cobrado preços pareados desde o dia 8 deste mês e feito reajustes simultaneamente. Em 10 dias, houve dois reajustes, e o preço médio em Cuiabá acumulou alta de 25% em 2024.
“É muito difícil identificar a formação de cartel, porque o mercado opera em livre concorrência, está na Constituição. Mas, o preço, principalmente do etanol, tem subido muito nas últimas semanas, e não houve nenhum fator aparente para justificar os reajustes”, disse Genilto.
Segundo o diretor, acontecimentos em outros países podem influir no preço dos combustíveis no Brasil, como aconteceu em 2022, e poderá acontecer de novo por causa dos conflitos em que Israel está envolvido. Mas o mercado seria afetado neste momento.
“As situações podem sim gerar oscilação nos preços, mas não é para agora, o mercado ainda está com estoque anterior à situação de Israel. Então, pedimos para ANP averiguar possíveis irregularidades nos 138 postos em Cuiabá”, disse.
Tabelas publicadas pela ANP mostram que o litro do etanol em Cuiabá saiu de R$ 2,94 o litro, na primeira semana de janeiro, para R$ 3,42 na segunda semana de abril. A média dos preços cresceu 21%, mas o Procon Cuiabá calcula diferença maior.
Fonte: olivre.com.br