só nesta terça-feira (3) Mato Grosso teve quatro das sete cidades mais quentes do país. Além disso, a umidade relativa do ar ficou em 10% nesta quarta, muito abaixo do ideal para a saúde humana, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que deve ser em torno de 60%.
O cenário não deve ter muita melhora nos próximos dias, já que, conforme a previsão do tempo, não há expectativa de chuva por enquanto. O climatologista Rodrigo Marques revelou que as chuvas para o mês de setembro e outubro serão insuficientes neste ano. Chuvas mais densas e demoradas estão previstas apenas para novembro.
“Se olharmos a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia, os meses de setembro e outubro, devemos ter chuva abaixo do esperado para o estado de Mato Grosso. Entretanto, no mês de novembro, já devemos ter as chuvas dentro da normalidade, inclusive com boa parte do Estado com previsão de chuvas um pouco acima do normal”, revelou o especialista.
Não bastasse isso, é provável ainda que, devido a essas condições climáticas, a Baixada Cuiabana e demais regiões do Estado sejam impactadas com temperaturas recordes ainda mais elevadas que o normal. Por isso, a receita é se hidratar, usar protetor solar e manter os ambientes umidos, porque não será fácil!
“Há previsão de que tenhamos ondas de calor atuando em setembro no estado de Mato Grosso e, de fato, há a possibilidade de termos temperaturas recordes sendo registradas. Vale lembrar que a maior temperatura em cuiabá foi em 2023, quando se registrou 44,2°C, mas existem registros de 44,6°C em nova Maringá e de 44,5°C em Poxoréo, em 2020”, lembrou Rodrigo.
Ele explicou ainda o porquê do fenômeno de estiagem no Estado, que está atrelado à falta de formação de nuvens de chuva.
“É importante lembrar que entre maio e setembro atuam na nossa região um sistema atmosférico que chamamos de Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), que tem uma circulação em médias altitudes na atmosfera, próximo a 5 km de altura, que sopra um vento de cima para baixo, e este movimento causa a inibição da formação de nuvens e de chuva, e por isso temos a estação seca neste período”, argumentou.
Em todo o Estado, a falta de chuva que começou já em julho impactou não somente na secura, quanto à umidade relativa do ar, como também na baixa do nível dos rios e no aumento do número de queimadas urbanas e florestais.
Fonte: leiagora