Christinny dos Santos
Única News
Durante uma vistoria surpresa realizada pela Empresa Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos nessa quinta-feria (23), a Prefeitura de Cuiabá identificou diversas irregularidades cometidas pela empresa terceirizada Locar Saneamento Ambiental, responsável pela coleta de lixo da Capital. Diante dos diversos problemas e inúmeras notificações realizada à empresa, o órgão estipulou que eta tem até o dia 6 de fevereiro para regularizar todas as falhas, caso contrário o contrato será rescindido.
A fiscalização surpresa detectou problemas graves nos veículos da empresa, como falta de giroflex, essencial para alertar outros motoristas sobre a presença de trabalhadores na pista, ausência de botão de emergência nas compactadoras, expondo os profissionais a risco de acidente, bordas do compartimento de carga e suportes de sustentação amassados, com risco de cortes e fraturas, falta de extintores, pneus carecas e trabalhadores em campo sem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
Além disso, a Locar foi notificada pela prefeitura sete vezes no período de vinte dias, devido a falhas na coleta de lixo domiciliar em diversos bairros da capital.
Entre os pontos citados pela prefeitura como críticos está também é a ausência de licença ambiental para a operação da empresa. E a não apresentação de documentos obrigatórios como o Programa de Gerenciamento de Risco (PGR), o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), o Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho (LTCAT), certificados de treinamentos em segurança e saúde no trabalho, além dos laudos de insalubridade e periculosidade.
Em 6 de janeiro, ficou estabelecido que empresa seguiria um plano emergencial apresentado em reunião com o prefeito Abilio Brunini. Segundo a Locar, o documento estabelece que a regularização da coleta de lixo deve ser regularizada até o dia 31 de janeiro, no entanto, o prazo estabelecido para as demais adequações foi de até 180 dias, ou seja, até 05 de julho 2025.
O diretor-geral da Limpurb, Reginaldo Teixeira, porém, considerou inadmissível as falhas encontradas durante a vistoria, e anunciou que se certificará que o contrato seja rescindido dentro de 14 dias, caso não haja evolução por parte da empresa neste período.
“É inadmissível que uma empresa contratada para realizar um serviço essencial apresente tamanhas falhas e exponha a população e seus próprios colaboradores a riscos. A Prefeitura de Cuiabá está dando à Locar um prazo até o dia 6 de fevereiro para que todas as irregularidades sejam corrigidas. Durante esse período, realizaremos auditorias diárias para acompanhar o cumprimento das medidas. Caso a empresa não melhore, não hesitaremos em rescindir o contrato e buscar outra solução para garantir a qualidade e segurança na prestação dos serviços”, afirmou o diretor-geral da Limpurb.
Outro lado
Por meio de nota, a Locar informou que “até este momento, não recebeu nenhuma notificação referente à fiscalização realizada pela Empresa Cuiabana de Limpeza Pública (Limpurb), nesta quinta-feira (23). Todavia, se mantém à disposição do Município para averiguar os apontamentos e buscar uma solução sem que a prestação do serviço seja prejudicada.”
A empresa afirmou que vem cumprindo o acordo firmado com a prefeitura, destacando que a produção da coleta de lixo alcançou um aumento de 30%, saltando da média diária de 550 toneladas recolhidas para mais de 700 toneladas. Informou ainda que a empresa está promovendo, gradativamente, a renovação total da frota de caminhões compactadores.
A Locar destacou ainda que, embora o prazo estabelecido para a troca dos caminhões tenha sido de 180 dias, cinco novos veículos já foram integrados à frota e está prevista a chegada de mais dois nos próximos dias. Uma retroescavadeira e seis caminhões caçamba para eliminação de bolsões de lixo e atendimento de pontos críticos também estão sendo disponibilizados.
Em relação às documentações solicitadas pela prefeitura, a Locar informou que possui licença ambiental vigente, alvará de funcionamento e certificado de regularidade do IBAMA, e todas foram apresentados no pedido de desinterdição da base operacional deferido pelo próprio Município no dia 20 de janeiro.
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Fonte: unicanews