A PF (Polícia Federal) investiga uma associação criminosa suspeita de desviar cotas parlamentares e falsificar documentos para a criação de Organização de Sociedade Civil de Interesse Público. A operação Discalculia cumpriu 19 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal), nesta sexta-feira (25). Um dos alvos é o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) que teve o celular, um HD e um cartão de memória apreendidos.
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Em publicação nas redes sociais, contudo, o deputado federal afirmou que nunca fez nada de errado e que está sendo tratado como criminoso. “Hoje, 25 de novembro, dois dias antes das eleições do segundo turno, do qual um candidato meu participa em Goiânia, eu acordo às seis horas da manhã pela polícia federal. Hoje sofri busca e apreensão a mando do Alexandre de Moraes (ministro do STF)”, disse.
O parlamentar detalhou que o inquérito é sigiloso e que ele não consegue ter acesso ao motivo da busca e apreensão. “É surreal o que está acontecendo. Esse é o Brasil que a gente vive. Não consigo saber o porquê eu recebi essa busca e apreensão. O inquérito é físico, em papel, não é digital que dá para acessar”, disse.
Gayer explicou que o advogado precisava ir para Brasília para acessar o documento e descobrir o motivo da operação da PF. “Qual é o crime tão grave que eu cometi para receber busca e apreensão seis horas da manhã? Eu falei para a PF que estava aqui: não estou acreditando que essa corporação que a gente tanto admirou hoje viraram jagunços de um ditador”, disse.
O deputado acrescentou ainda que ser alvo de uma operação a mando do ministro do STF Alexandre de Moraes é como um atestado “de honestidade e idoneidade”. “Não me envergonho de receber a PF hoje na minha casa. Quero saber qual a acrobacia jurídica que eles inventaram para mandar a PF na minha casa antes da eleição de domingo”, disse.
Entenda a operação
Os mandados foram cumpridos na Cidade Ocidental (GO), Valparaíso de Goiás (GO), Aparecida de Goiânia e Goiânia (GO). A operação contou com o apoio de 60 policiais.
Segundo as investigações, foram identificadas falsificações em ata de assembleia da organização de sociedade civil, consistente em data retroativa. De acordo com o documento, os funcionários da época teriam de um a nove anos.
Os envolvidos são investigados por associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato-desvio.
Fonte: passandoalimpomt