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PF investiga transações ilegais e esquema de laranjas em suposta compra de votos para candidatura em cidade do agronegócio de Mato Grosso

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O delegado Tiago Marques, da Polícia Federal (PF), que comanda a Operação Ristius, deflagrada nesta quarta-feira (4) para apurar a suspeita de caixa dois na campanha eleitoral do prefeito eleito de Sorriso, Alei Fernandes (UNIÃO), afirmou que informações colhida no inquérito dão conta de que foram realizadas diversas transações financeiras por empresários locais para impulsionar a candidatura de Fernandes.

Segundo ele, “as transações foram realizadas de forma ilegal com a participação do uso de pessoas jurídicas, a intermediação de ‘laranjas’ e a utilização de recursos não contabilizados na prestação de contas oficial da campanha.”
Nei Francio, apoiador do prefeito Alei Fernandes (União), é o principal alvo da Operação da PF. A ofensiva investiga as informações contidas no iPhone de Francio, na busca de elucidar a arrecadação de verbas irregulares e suposto Caixa 2 durante a campanha de Fernandes.
A Operação foi deflagrada após Francio ser preso em flagrante pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no dia 3 de outubro, três dias antes das eleições municipais, as quais elegeram Fernandes em Sorriso com 25.255 dos votos, ou seja, 51,33% dos votos válidos. Ele teve o apoio do atual prefeito da cidade, Ari Lafin (PSDB), e do governador Mauro Mendes (UNIÃO).
Na caminhonete Hilux conduzida por Francio, os agentes rodoviários flagraram R$ 300 mil em espécie. Questionado pelos policiais, Francio não soube comprovar a origem do dinheiro, que incluía cédulas de 20, 50, 100 e 200 reais.
Nesta quarta, a Polícia Federal cumpriu 9 mandados de buscas nas cidades de Sorriso e Cuiabá, em uma medida cautelar pessoal consistente na entrega do passaporte e na proibição de se ausentar da cidade em desfavor de um dos responsáveis pelo financiamento da campanha do candidato envolvido. 
Foram apreendidos R$ 100 mil em espécie, além de celulares e computadores que vão auxiliar nas investigações, segundo o delegado. Ele afirmou que todas as informações produzidas no inquérito serão compartilhadas com o Ministério Público Eleitoral para análise de propositura de ação, visando a impugnação ou a cassação do mandato eletivo do candidato envolvido.

 

Fonte: Olhar Direto

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