Segundo ele, “as transações foram realizadas de forma ilegal com a participação do uso de pessoas jurídicas, a intermediação de ‘laranjas’ e a utilização de recursos não contabilizados na prestação de contas oficial da campanha.”
Nei Francio, apoiador do prefeito Alei Fernandes (União), é o principal alvo da Operação da PF. A ofensiva investiga as informações contidas no iPhone de Francio, na busca de elucidar a arrecadação de verbas irregulares e suposto Caixa 2 durante a campanha de Fernandes.
A Operação foi deflagrada após Francio ser preso em flagrante pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no dia 3 de outubro, três dias antes das eleições municipais, as quais elegeram Fernandes em Sorriso com 25.255 dos votos, ou seja, 51,33% dos votos válidos. Ele teve o apoio do atual prefeito da cidade, Ari Lafin (PSDB), e do governador Mauro Mendes (UNIÃO).
Na caminhonete Hilux conduzida por Francio, os agentes rodoviários flagraram R$ 300 mil em espécie. Questionado pelos policiais, Francio não soube comprovar a origem do dinheiro, que incluía cédulas de 20, 50, 100 e 200 reais.
Nesta quarta, a Polícia Federal cumpriu 9 mandados de buscas nas cidades de Sorriso e Cuiabá, em uma medida cautelar pessoal consistente na entrega do passaporte e na proibição de se ausentar da cidade em desfavor de um dos responsáveis pelo financiamento da campanha do candidato envolvido.
Foram apreendidos R$ 100 mil em espécie, além de celulares e computadores que vão auxiliar nas investigações, segundo o delegado. Ele afirmou que todas as informações produzidas no inquérito serão compartilhadas com o Ministério Público Eleitoral para análise de propositura de ação, visando a impugnação ou a cassação do mandato eletivo do candidato envolvido.
Fonte: Olhar Direto