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PF cumpre mandados de prisão contra Desembargadores por venda de sentenças

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Venda de sentença em Mato Grosso culminou na Operação Sisamnes, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (26). Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos no escritório do advogado Roberto Zampieri, executado em dezembro do ano passado, e na residência de dois desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado: Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho. 

A presidente do Judiciário de Mato Grosso, desembargadora Clarice Claudino foi informada da ação policial, tendo em vista que agentes federais também fazem buscas nos gabinetes dos magistrados na sede do Tribunal.

Um advogado que ainda não teve a identidade revelada também é alvo. É bom ressaltar que, a operação policial está sendo coordenada pela Polícia Federal de Brasília. 

As investigações apontam para um suposto esquema de venda de decisões judiciais, envolvendo advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados. 

De acordo com as apurações, os investigados solicitavam valores para beneficiar partes em processos judiciais, por meio de decisões favoráveis aos seus interesses. Também são investigadas negociações relacionadas ao vazamento de informações sigilosas, incluindo detalhes de operações policiais. 

No total, foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) um mandado de prisão preventiva e 23 de busca e apreensão em Mato Grosso, Pernambuco e no Distrito Federal, além de medidas cautelares como instalação de monitoramento eletrônico, afastamento das funções públicas de servidores e membros do Poder Judiciário, sequestro, arresto e indisponibilidade de bens e valores dos investigados. 

O nome da operação faz referência a um episódio da mitologia persa, durante o reinado de Cambises II da Pérsia, que narra a história do juiz Sisamnes. Ele teria aceitado um suborno para proferir uma sentença injusta.

Vale lembrar que, os desembargadores foram afastados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), justamente por conta da suspeita de venda de sentença. O assunto veio a tona após a execução de Zampieri, em dezembro passado.

As suspeitas surgiram após análise do conteúdo do celular do advogado, que foi apreendido após sua morte, para auxiliar na investigação.
 

Atualizada às 8h19

Fonte: leiagora

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