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Paulo Henrique: Dinheiro recebido por comprar vaga de conselheiro tutelar na Capital. Confira!

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Documentos que embasaram a denúncia do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) contra o Paulo Henrique (MDB), de Cuiabá, revelam que ele teria tentado “comprar” apoio para candidatos ao Conselho Tutelar de Cuiabá. Paulo Henrique está sendo investigado por possível ligação com o Comando Vermelho e por liderar um no qual usava sua influência política para lavar dinheiro do crime.

Em interceptações realizadas pelo Gaeco, o vereador aparece em conversas com Ronnei Antônio da Silva, responsável pelo Quiosque do Xomano, pedindo ajuda financeira para candidatos ao Conselho Tutelar, sendo que Ronnei contribuiu com R$ 300. Outros apoiadores próximos, como Willian Gordão e Rodrigo Leal, também teriam contribuído com R$ 500 e R$ 1.000, respectivamente.

“Ainda, em 29 de outubro de 2023, o vereador PAULO HENRIQUE entra em contato com RONNEI, solicitando apoio financeiro para os candidatos à de conselheiro tutelar, a qual colaborou com RS 300,00 (trezentos reais), além de ficar evidente nos valores enviados por WILLIAN GORDÃO E RODRIGO LEAL que tinham uma relação próxima com o vereador”, diz trecho da denúncia. 

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Na terça-feira (12), o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, acolheu a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e tornou Paulo Henrique réu pelos crimes de envolvimento com organização criminosa, lavagem de dinheiro e passiva. 

Paulo Henrique foi um dos alvos das operações ‘Ragnatela‘ e ‘Pubblicare‘, deflagradas pela Polícia Federal em junho e setembro. As investigações indicam que ele liderava uma célula criminosa que lavava dinheiro do tráfico de drogas por meio de shows e eventos.

Segundo a denúncia, o vereador usava sua influência para facilitar a obtenção de licenças para eventos promovidos pelo Comando Vermelho, valendo-se de contatos na Secretaria de Ordem Pública (Sorp) para garantir a autorização de festas vinculadas ao grupo criminoso. 

Durante a Operação Ragnatela, o vereador foi alvo de busca e apreensão; já na Operação Pubblicare, teve sua prisão preventiva decretada. Ele foi libertado após cinco dias, mediante concessão de habeas corpus, mas permanece afastado do cargo e monitorado por tornozeleira eletrônica.

Na denúncia, o promotor e coordenador do Gaeco, Adriano Roberto Alves, destacou que Paulo Henrique era considerado a liderança do Comando Vermelho na região, encarregado de de corrupção e lavagem de dinheiro, principalmente por meio de propinas de promotores de eventos na Capital, muitos deles associados à facção. 

“Verifica-se que, o vereador Paulo Henrique de Figueiredo era a liderança do CV responsável pela prática de corrupção e lavagem de dinheiro, através de propinas recebidas de promotores de eventos em Cuiabá/MT, sendo a maioria deles integrantes da facção criminosa Comando Vermelho, que se utiliza de casas noturnas para também lavar dinheiro obtido com suas práticas criminosas”, escreveu o promotor. 

Além de Paulo Henrique, outras quatro pessoas foram denunciadas e se tornaram rés no caso. José Márcio Ambrósio Vieira responderá por lavagem de dinheiro e organização criminosa; José Maria de Assunção e Rodrigo Anderson de Arruda Rosa enfrentarão acusações de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva; já Ronnei Antônio Souza da Silva responderá por corrupção ativa.

: leiagora

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